Governadores demandaram menos de 10% dos médicos cadastrados pelo governo federal para atuação durante a pandemia
Apesar da alta demanda pela rede pública de saúde durante a pandemia, menos de 10% dos médicos cadastrados pelo Ministério da Saúde foram solicitados pelos governos estaduais. Dos mais de 430 mil profissionais habilitados pelo programa Brasil Conta Comigo, apenas 400 estão atuando até o momento.
Lançado em abril pelo governo federal, o programa consiste em cadastrar profissionais de saúde para atuação em todos os Estados durante a pandemia. A contratação é temporária, por até seis meses, e a remuneração se faz de acordo com o salário-base de cada categoria.
Leia mais: “Covidão: CGU já detectou potenciais prejuízos da ordem de R$ 44,1 milhões”
No entanto, os profissionais devem ser requisitados pelos governadores junto ao Ministério da Saúde. Entre os Estados que solicitaram ajuda ao governo federal, o Amazonas recebeu mais de 300 dos médicos que atuam no programa.
Além dos profissionais formados, o governo federal disponibilizou para os Estados estudantes da área de saúde. Mesmo assim, dos quase 110 mil voluntários, menos de 2,5 mil foram solicitados pelos governos estaduais.
Segundo o Ministério da Saúde, os estudantes selecionados passam por capacitação e têm direito a uma bolsa mensal — provida pelo governo federal —, no valor de R$ 1.045,00, correspondente à carga horária de 40 horas semanais.
Veja o painel de Oeste com os números da pandemia no Brasil e no mundo
Se foram cadastrados 430.000 médicos e foram chamados apenas 400, os estados requisitaram BEM MENOS de 10%: apenas 0,09%!
O que os governadores queriam do Governo Federal era o dinheiro do contribuinte e não médicos. Os desmandos cometidos pelo establisment em nome da epidemia será mais uma página vergonhosa da nossa história.