O exercício militar multinacional Cruzex tem início neste domingo, 3, na Base Aérea de Natal, e, até o dia 15 de novembro, reúne diversas forças aéreas de todo o mundo, incluindo a Força Aérea Brasileira (FAB).
Este ano, um dos destaques da participação brasileira é a utilização dos caças F-39 Gripen. Eles representam um marco na modernização da frota de caça do país.
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A FAB participa do Cruzex com um total de seis aeronaves F-39 Gripen. No total, o exercício envolve cerca de 100 aeronaves de diversos países, como Argentina, Chile e Estados Unidos. A iniciativa visa ao fortalecimento da interoperabilidade entre as forças aéreas e à viabilidade de diferentes nações trabalharem juntas em situações de conflito.
Ao todo, o evento em Natal reúne esquadrões de sete países: Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal. Militares de seis nações vão, ainda, realizar movimentos de guerra cibernética e espacial. Outros oito países enviaram observadores.
Preparação militar da FAB em meio a tensões diplomáticas
O Cruzex deste ano ocorre em meio a uma crescente tensão diplomática entre o Brasil e a Venezuela. A situação delicada na região exige preparo da força brasileiro, e o exercício militar permite que ela aprimore suas capacidades.
A participação dos caças F-39 Gripen no Cruzex marca a primeira vez que estas aeronaves são utilizadas em um exercício de grande escala pela FAB. Além dos Gripens, a FAB também está utilizando o KC-390, uma aeronave de transporte militar que tem se destacado por sua versatilidade e eficiência.
As ações do Cruzex não se limitam ao espaço aéreo. O exercício também inclui simulações de guerra cibernética e espacial. O Brasil, bem como outros países participantes, vê nessas simulações uma oportunidade de avançar em suas capacidades defensivas.
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Dentro do contexto de modernização, a FAB tem demonstrado interesse em adquirir caças F-16 usados, enquanto considera propostas de fabricantes renomados para substituir suas aeronaves de combate mais antigas. Essas iniciativas fazem parte de um esforço mais amplo para garantir que a força aérea do país permaneça competitiva e bem equipada.