O cemitério onde está sepultado Edson Arantes do nascimento, o Pelé, tornou-se um atrativo para turistas em Santos (SP).
Aberto ao público desde maio, o local recebeu mais de 7 mil visitantes, com uma parcela significativa de estrangeiros. A morte do Rei do Futebol completa um ano nesta sexta-feira, 29.
“Já veio gente de Egito, Ucrânia, Rússia”, disse Alcyr dos Santos, um dos responsáveis pelo controle de acesso do mausoléu, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
“Quem mais vem aqui são alemães. Hoje, a mulher de um belga comentou que os alemães são fanáticos pelo futebol brasileiro.”
Localizado a 900 metros da Vila Belmiro, o Memorial Necrópole Ecumênica virou um roteiro de quem passa por Santos, mais até do que o estádio onde Pelé jogou a maior parte de sua vida.
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Túmulo de Pelé
Construído há cinco anos, o jazigo dourado é personalizado, com uma foto de Pelé em alto-relevo, e fica em uma sala de 200 metros quadrados no 1° andar do edifício, considerado pelo Guinness Book, o livro dos recordes, como o cemitério mais alto do mundo.
O espaço fica aberto diariamente, das 9h às 12h e das 14h às 18h, sem tempo de permanência estipulado.
Com o aumento do número de visitantes devido às férias e do aniversário de um ano da morte de Pelé, em dezembro as pessoas precisam realizar um cadastro prévio no site do Memorial para ir ao local.
Na entrada da sala, há duas estátuas douradas em tamanho real do rei do futebol feitas de latão. O teto é decorado com uma pintura de céu, as paredes têm imagens históricas do jogador e o piso é revestido de grama sintética.
Banco da família do Rei
Familiares de Pelé criaram o JanBank, uma fintech – empresas de serviços financeiros totalmente digitais.
Segundo eles, o banco foi desenvolvido com propósito social e tem participação de Celeste e Joshua Arantes do Nascimento, filhos do Rei do Futebol, e Assíria Seixas, ex-mulher do atleta.
“Fizemos esse banco para as pessoas. Temos coração para isso. Temos um nome, baseado na fé que a gente crê, e a gente quer servir às pessoas”, explicou Joshua ao Estadão.
Amigo de Pelé, o pastor Charlston Soares também faz parte do projeto. Ele levou a ideia a Regis Renzi, o CEO do JanBank, que fez o compromisso de destinar o mínimo de 10% de todo rendimento obtido com as operações do banco para os fundos sociais e entidades assistenciais.
Renzi afirmou que o banco “não tem como princípio ganhar dinheiro”.
“O objetivo é transmitir e dar continuidade ao legado do Pelé. Tenho certeza de que ele deve estar lá em cima feliz e batendo palmas”, disse.
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