Uma família encontrou uma câmera escondida no suporte de uma lâmpada no banheiro do apartamento onde mora, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Angelica Bitu do Carmo vive de aluguel no imóvel há quatro anos junto do marido e da filha bebê.
Segundo ela, o equipamento foi encontrado enquanto o companheiro trocava a lâmpada do cômodo. Angelica denunciou o caso em um vídeo no TikTok, atingido mais de 290 mil visualizações.
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A inquilina afirma que a câmera emitia luzes e estava ligada em uma tomada por dentro do forro do banheiro. A família ainda não sabe se o equipamento estava funcionando e se chegou a gravar cenas no imóvel. O caso foi levado às autoridades.
“A gente acha que está segura em casa, que está livre dos perigos, e no meu caso estou me sentindo extremamente violada”, disse ela, ao lembrar que trocou sua bebê várias vezes naquele banheiro.
Ela também afirmou não saber quem responsabilizar, porque aquele imóvel já teve muitos inquilinos e, “pelo que sabe”, a proprietária também nunca utilizou o apartamento. “Talvez ela nem tenha conhecimento”, disse.
Em seu vídeo mais recente, Angelica afirma que registrou boletim de ocorrência, mas ainda não decidiu se vai entrar na Justiça. “É um alerta para tantas pessoas que, assim como eu, mora de aluguel”, observou.
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No âmbito cível, o caso pode ser enquadrado como violação da privacidade e da intimidade, ambos previstos na Constituição. Na área criminal, pode ser considerado uma violação ao artigo 216 do Código Penal, que descreve o “registro não autorizado de intimidade sexual”.
O crime envolve “produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual, ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes”. A pena para o delito é detenção de seis meses a um ano, além de multa.
Câmera escondida em aluguéis não é inédito
A presença de câmeras espiãs em imóveis para aluguel não é tão incomum quanto parece. Em janeiro, um casal de turistas encontrou uma câmera escondida virada para cama em um quarto de resort em Porto de Galinhas, Pernambuco.
Na ocasião, a esposa tentou colocar seu carregador na tomada, mas ele não se encaixava. Ao examinar com a lanterna do celular, ela percebeu que se tratava de uma câmera. O marido pesquisou uma foto do aparelho na internet e identificou o modelo de “câmera espiã”.
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Por medo da exposição, os turistas não revelaram suas identidades. O caso ocorreu no resort OKA Beach Residence, que funciona na Praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas. Os turistas eram de São Paulo e hospedaram-se no imóvel entre 13 e 17 de janeiro deste ano.
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