O governo federal publicou neste domingo, 6, no Diário Oficial da União, o decreto de estado de calamidade pública em 265 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. A medida é decorrente das chuvas intensas e de enchentes que atingiram o Estado, incluindo a capital, Porto Alegre.
+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste
A ação emergencial possibilita às cidades afetadas que solicitem recursos financeiros federais para ações como remoção de escombros, reconstrução de infraestruturas danificadas e restauração de serviços essenciais.
Em visita ao RS no domingo, o presidente Lula (PT) prometeu implementar um “plano de prevenção de acidente climático”. Ele ressaltou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, será responsável pela elaboração desse plano.
“É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça e veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça”, declarou Lula.
Propostas para os impactos
A visita presidencial incluiu um sobrevoo das áreas mais atingidas, contando com a presença do governador Eduardo Leite, além dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente.
Pacheco propôs a criação de um novo “orçamento de guerra”, semelhante ao adotado durante a pandemia de covid-19, para financiar a reconstrução das áreas atingidas pelo desastre natural.
De acordo com os últimos relatórios da Defesa Civil, as enchentes impactaram 341 municípios e afetaram diretamente o acesso a serviços básicos como saúde, água potável e energia elétrica. Também levaram à interdição de rodovias e prejudicaram a atuação de 110 hospitais.
+ Lula ri durante coletiva de imprensa sobre tragédia no Rio Grande do Sul
O governador do Estado, Eduardo Leite, descreveu a situação como um cenário de “pós-guerra”. Ele falou sobre a necessidade de implementação de medidas de reconstrução, desde linhas de crédito até ações de recuperação ambiental.
O balanço de danos inclui 78 mortes confirmadas, 105 desaparecidos e centenas de feridos. Além disso, mais de 18 mil pessoas estão desabrigadas.
Emergência em Porto Alegre
Em Porto Alegre, a situação ficou particularmente grave depois de o nível do Rio Guaíba alcançar uma marca histórica de 5,3 metros. Cerca de 70% da população enfrenta falta de água, de acordo com o prefeito, Sebastião Melo. Para tentar reduzir o consumo de água na cidade, o gestor municipal fez um apelo para que os moradores que possuem residências no litoral deixem a capital temporariamente.
Imagem da inundação na capital, Porto Alegre:
+ ‘Governo federal tem falhado conosco’, diz deputado gaúcho, ilhado no Rio Grande do Sul
Na mão da Marina ?
Ela vai achar que o Rio Grande do Sul tem igarapés iguais aos da Amazonia e não irá fazer nada.
Gaúchos estão na miséria.