O Grupo Silvio Santos enviou um documento ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em que afirma a disposição em considerar uma proposta de R$ 80 milhões pelo terreno no centro de São Paulo, para a construção do Parque Municipal do Rio Bixiga. O ofício foi assinado pelo presidente da empresa, José Roberto dos Santos Maciel.
O terreno de 11 mil metros quadrados é alvo de disputa pelo Teatro Oficina e pela empresa do apresentador por mais de quatro décadas. Durante os anos, o grupo demonstrou diversas vezes seu interesse em construir três prédios de uso comercial e residencial.
No texto, Maciel afirma que as disputas judiciais nos últimos anos consumiram excessivamente enormes valores. Com essa barreira, o projeto imobiliário acabou sendo adiado.
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“Instados a rever esse nosso propósito, e considerando-se todos os investimentos realizados, despesas incorridas e o potencial imobiliário construtivo, estamos dispostos a considerar uma proposta de venda do referido terreno em torno de R$ 80 milhões”, escreveu o documento, que demonstra uma vontade em avançar nas negociações.
Em março, a Justiça de São Paulo reconheceu o acordo de R$ 1 bilhão feito pelo Ministério Público, pela prefeitura e pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Desse valor, R$ 51 milhões seriam utilizados para a compra do terreno.
Construção do parque no terreno de Silvio Santos era sonho do fundador do Teatro Oficina
A criação do Parque Municipal do Rio Bixiga era o sonho do fundador do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa. O diretor, conhecido como Zé Celso, faleceu em julho de 2023.
Com o apoio de intelectuais, políticos e artistas, o projeto imobiliário do Grupo Silvio Santos foi barrado na Justiça e em órgãos de preservação de patrimônio.
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Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
Permita-me ser mais direto, reescrevendo aquilo que é e muito pouca gente fala: “Com o apoio de intelectuais, políticos, artistas e aqueles que não acreditam e respeitam propriedade privada, o projeto imobiliário do Grupo Silvio Santos foi barrado na Justiça e em órgãos de preservação de patrimônio aparelhada de pessoas com viés de esquerda”