A família de Luciana Marley Rodzewics Santos e da filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, desaparecidas há uma semana depois que decidiram fazer um passeio em helicóptero com destino a Ilhabela, litoral norte de São Paulo, está vivendo à base de calmantes.
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“É muito angustiante viver à base de remédio, está muito difícil de raciocinar, mas não perdi as esperanças”, disse Neusa Rodzewics, mãe de Luciane, à CNN. Já Sidney dos Santos, pai e avô das desaparecidas, contou que os parentes decidiram ajudar nas buscas por terra.
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“Minha família, meus cunhados, o pai e o namorado de Letícia estão todos na Baixada tentando achar alguma coisa”, relatou Sidney. “Está sendo terrível aqui para a família. Não nos alimentamos, não dormimos, estamos à base de remédio, naquela expectativa que nos deixa cada vez mais angustiantes.”
Buscas pelos desaparecidos entram na segunda semana
Nesta segunda-feira, 8, as buscas pelos desaparecidos entram na segunda semana. Além de Luciana e de Letícia, estavam na aeronave o empresário Raphael Torres, e o piloto, Cassiano Tete Teodoro.
Mais de 100 horas de voo nas buscas
A tentativa aérea de localização do helicóptero já consumiu mais de cem horas de voo de equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Militar (PM). A soma não leva em conta as horas de voo da Polícia Civil, que tem usado helicópteros e drone.
De acordo com a Defesa Civil de São Paulo, as buscas estão concentradas entre as cidades de São Luiz do Paraitinga e Caraguatatuba, no litoral norte do Estado.
A Defesa Civil, a PM e o Corpo de Bombeiros também estão colhendo depoimentos de moradores, para tentar mapear o caminho do helicóptero.
Chuvas e neblinas dificultam as buscas
Entre as dificuldades na busca destaca-se a nebulosidade, principalmente pela manhã. Além disso, à tarde, a chuva também prejudica a visibilidade.
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“Estamos enviando a previsão do tempo a todo momento para as equipes de busca”, afirmou o capitão Roberto Farina, diretor da Defesa Civil do Estado de São Paulo. “Nesta segunda-feira, 8, deve chover a partir das 14h, o que pode encurtar os trabalhos, sem falar na neblina da manhã.”
Na última sexta-feira, 5, a família das duas afirmou que pretende contratar lenhadores para ajudar nas buscas.
Celular de Luciana parou de emitir sinal às 22h14 do dia 1º
Em contrapartida, o celular de Luciana parou de emitir sinais às 22h14 do último dia 1º. A informação foi passada pelo delegado Paulo Sérgio Pilz no último sábado, 6, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band.
“Não podemos descartar nada, mas se o telefone da Luciana ficou funcionando até o dia 1º, às 22h14, ele ficou fora da água,” afirmou o delegado. “Na água ele não iria transmitir [sinal].”