Os familiares de duas mulheres que estavam no helicóptero que sumiu no domingo 31, em São Paulo, têm esperança de encontrar os passageiros vivos. A aeronave partiu da capital paulista e seguia para o litoral norte do Estado, quando desapareceu, há 8 dias.
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Estão desaparecidos quatro pessoas: Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20 anos, Raphael Torres e o piloto Cassiano Tete Teodoro.
Em entrevista à CNN Brasil, Silvia Santos disse que tem esperança de que a irmã, Luciana, e a sobrinha, Letícia, sejam encontradas vivas. “Tenho 99% de certeza que elas estão vivas”, afirmou. “Porque elas são muito fortes, guerreiras. Se tiver que ficar 10 dias sem comer, elas vão ficar.”
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Ela também contou que é muito próxima das duas e que todos os domingos se reúne com a família para almoçar. “A Leticia é como uma filha para mim, foi minha primeira sobrinha”, comentou. “Só não pari, mas sou mãe de coração. Ela é meiga, carinhosa, determinada, muito forte. Ela é amada por todos.”
Silvia explicou que a irmã foi convidada pelo amigo, Raphael, para decolar em direção ao litoral e ela teria convidado a filha para acompanhar a viagem.
Familiares não conseguem se alimentar e dormir
O pai e avô das mulheres, Sidney dos Santos, também concedeu entrevista à CNN Brasil. Ele contou que os parentes ajudam nas buscas por terra. Além disso, a ansiedade pelo encontro das familiares tem afetado sua rotina.
“Está sendo terrível aqui para família”, relatou Santos. “A gente não se alimenta, não dorme. Estamos à base de remédio, naquela expectativa que deixa a gente cada vez mais angustiante.”
Helicóptero desapareceu no domingo 31
O helicóptero decolou no Aeroporto Campo de Marte e deveria pousar em Ilhabela. A aeronave sumiu dos radares pouco tempo depois da decolagem. Segundo a Polícia Militar, decolou às 13h15, e o último contato foi às 15h10. Neste domingo, 7, completaram sete dias de buscas pelo helicóptero e seus tripulantes.
Na quinta-feira 5, a Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoou por quase oito horas as regiões nas quais o helicóptero poderia ter pousado. Desde 1º de janeiro, quando os militares da FAB entraram nas buscas, a operação já havia sobrevoado sete municípios e somava mais de 27 horas.
A FAB opera as buscas por meio do seu Esquadrão Pelicano, que utiliza o avião SC-105 Amazonas, com 15 tripulantes. O SC-105 Amazonas é equipado com radar com capacidade de alcance de até 360 km.
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Também possui um sistema de comunicação via satélite que possibilita o contato com outras aeronaves ou centros de salvamento (Salvaero), inclusive em voos de baixa altitude.