Elisa de Oliveira Flemer, de 17 anos, entrou com um pedido de liminar para conseguir se tornar aluna do curso de engenharia da Universidade de São Paulo (USP). Protocolado na quarta-feira 28, o processo solicita à Justiça que Elisa possa se matricular de modo que não perca a vaga. Caso não seja aprovada, a ação também solicita que a garota consiga fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos antes de completar 18 anos — avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar.
Há duas semanas, a juíza Erna Tecla Maria proibiu a estudante de ingressar na faculdade porque Elisa não frequenta a escola regular desde 2018. A jovem, porém, estuda seis horas por dia no regime homeschooling, passou em vestibulares de faculdades privadas, tirou quase mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio e, recentemente, conquistou o 5º lugar no curso de engenharia civil da Escola Politécnica da USP. Embora ilegal, mais de 7,5 mil famílias brasileiras são adeptas do homeschooling, conforme o mais recente levantamento da Associação Nacional de Educação Domiciliar.
Ora, mas qual seria o problema de aceitar ingresso mediante uso de expedientes ilegais? Temos um ministro do STF que aceita provas obtidas mediante crime. Não haveria analogia? Interessante…a moça tem todos os méritos possíveis. Se é possível livrar um ladrão por provas obtidas mediante crime, por que não aprovar uma moça competente cuja competência decorre de estudo “ilegal”?
No Brasil, a estupidez não tem limites. Essa “juiza” deve ter estudado na mesma escola que o Toffoli.