O Hospital Israelita Albert Einstein lança oficialmente neste mês um programa de inovação em biotecnologia para apoiar startups no desenvolvimento de remédios, vacinas e soluções diagnósticas.
Os primeiros editais para buscar empresas parceiras devem ser divulgados nas próximas semanas. A iniciativa vai integrar uma rede de cooperação internacional formada por instituições públicas e privadas de mais de dez países, como Estados Unidos e Reino Unido. Ainda neste ano, a expectativa é que os acordos de cooperação poderão ser ampliados para outros locais da América Latina, bem como para países asiáticos, como China, Japão e Coreia do Sul.
O objetivo é obter mentorias especializadas para as startups apoiadas e incentivar o intercâmbio tecnológico.
A sede da iniciativa será no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, localizado na zona sul da capital paulista.
“Um programa como esse pode mobilizar as pessoas e essas características que estão à nossa volta para o desenvolvimento de novos conhecimentos”, explicou Henrique Neves, diretor-geral do Einstein. “A ideia é que a gente consiga reter pesquisadores brasileiros e atrair pesquisadores que estejam no exterior”, disse, ao jornal Estado de S. Paulo.
A definição de qual dos produtos será o foco do programa — se remédios ou vacinas, por exemplo — “está totalmente em aberto” e dependerá das parcerias que serão firmadas.
“Há muitas possibilidades no Brasil pela diversidade genética populacional, que permite validar e criar novos produtos não só genéticos”, afirmou Camila Hernandes Pinheiro, gerente de Inovação.
Conforme a direção do Einstein, antes de o programa ser criado, foram contratados estudos da iniciativa privada que apontam tendência de crescimento para a área de biotecnologia, o que vem ocorrendo sobretudo após o início da pandemia.