A companhia também se comprometeu a dobrar qualquer doação no limite de R$ 500 milhões
A JBS anunciou a criação de um fundo para aplicar R$ 250 milhões na preservação da Amazônia. O dinheiro será investido ao longo dos próximos cinco anos. A organização também se comprometeu a dobrar as doações de outras empresas, fundos e governos, num limite de R$ 500 milhões. “Um tiro de canhão”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO da JBS, em entrevista ao portal Brazil Journal.
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Desde 2010, a JBS, a maior produtora de proteína animal do mundo, monitorou cerca de 50 mil fornecedores diretos ou indiretos da região. O gigante excluiu mais de 9.500 deles de seus negócios. Ainda assim, ambientalistas dizem que uma parte da cadeia indireta de suprimentos está ligada ao desmatamento. A companhia promete sanar o problema até 2025, com intenso uso de tecnologia de ponta. Uma das apostas é a plataforma digital que está sendo desenvolvida para os fornecedores diretos compartilharem toda a rastreabilidade da origem ao destino do animal.
O mercado está de olho
Empresas associadas ao desmatamento da Amazônia prejudicam os negócios. Os mercados consumidores podem se fechar sem prévio aviso, criando um grande problema de falta de demanda para os frigoríficos. Outro perigo é a fuga de investidores, resultando na desvalorização rápida das ações das companhias.
A própria JBS já teve suas perdas. Há dois meses, por exemplo, a Nordea Asset Management, gestora sueca que controla mais de R$ 1 trilhão, informou que não investiria no gigante brasileiro por “falhas relacionadas a questões ambientais e de governança”.
Não precisa alegar governança ou relatório disso ou daquilo. Um bom motivo para qualquer entidade com um pingo de decência não investir na JBS é ela ser propriedade do gafanhoto Joesley Batista, que ergueu o seu império com a cumplicidade de mais de 200 políticos em sua folha de pagamento, a megalomania dos petistas em busca de um “campeão nacional” e o financiamento involuntário do povo brasileiro via BNDES.