Justiça do Tocantins marca júri de brasileiro foragido nos Estados Unidos

A Justiça do Tocantins marcou para 11 de outubro o julgamento de Danilo Cavalcante, brasileiro foragido nos Estados Unidos, pelo assassinato de Válter Júnior Moreira dos Reis.

Cavalcante é procurado em solo norte-americano porque fugiu da Prisão do Condado de Chester em 31 de agosto. Ele foi condenado no país à prisão perpétua por ter matado com 38 facadas a ex-namorada, Débora Brandão, em 2021. A mulher foi assassinada na frente dos próprios filhos.

O caso em que Danilo Cavalcante é réu no Tocantins

Reis foi morto com seis tiros em novembro de 2017 em uma lanchonete na cidade tocantinense de Figueirópolis. Cavalcante fez os disparos à queima-roupa por causa de um desentendimento que tinha com Reis devido a uma batida de carro.

“Meu irmão ainda disse antes de morrer que iria pagar o conserto”, disse Dayane Moreira dos Reis, irmã da vítima ao jornal Folha de S.Paulo. “Que era para ele não se preocupar, mas não adiantou.”

Para Dayane, que tem 27 anos, a Justiça só marcou o julgamento agora porque Cavalcante chamou atenção da imprensa com sua fuga. A data da audiência foi marcada na sexta-feira 8. “A Justiça é muito lerda. Passamos sete anos sem nenhuma resposta”, disse ela. Dayne contou que Reis e Cavalcante se conheceram por meio de um amigo em comum.

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Reis trabalhava em uma loja de construção em que Danilo Cavalcante frequentava para comprar insumos para a fazenda onde ele trabalhava, na área rural de Figueirópolis. O criminoso morou dois anos na cidade depois de deixar São João do Paraíso, no Maranhão, onde ele trabalhava como lavrador.

Mas Danilo Cavalcante é natural de outra cidade maranhense: Estreito, que fica a mais de 12 horas de distância da capital, São Luís. Dayane acredita que a batida de carro não foi a única razão para Cavalcante cometer o crime.

Ela admite que nunca vai saber ao certo a razão, mas cogita a possibilidade de que tenha sido, também, por inveja. “Ele tinha muitos amigos e Danilo não”, disse ela.