A Justiça determinou a manutenção da prisão preventiva de Fernando Sastre de Andrade Filho, empresário que dirigia um Porsche azul e que se envolveu em um acidente fatal. A colisão ocorreu em março deste ano, em São Paulo.
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A decisão, publicada no site do Tribunal de Justiça no último sábado, 28, também estabelece que o réu será levado a júri popular. A data do julgamento ainda não foi definida.
Acusações e circunstâncias do acidente
Fernando Sastre enfrenta acusações de homicídio por dolo eventual e lesão corporal gravíssima. O Ministério Público alega que o empresário estava sob efeito de álcool e dirigia a mais de 100 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, quando provocou o acidente.
A colisão resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana e deixou ferido Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do passageiro do Porsche.
Segundo o Instituto de Criminalística, o Porsche colidiu contra o Renault Sandero de Ornaldo a uma velocidade superior a 100 km/h. O limite da via em que eles estavam é de 50 km/h.
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Sastre está detido desde 6 de maio na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A prisão é preventiva, sem prazo definido, e ele aguarda julgamento.
Procedimentos do julgamento do motorista da Porsche
O julgamento terá condução do juiz Roberto Zanichelli Cintra e ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.
“Existem suficientes indícios de autoria por parte do réu nos delitos ora apurados”, afirmou o juiz na decisão. Ele também mencionou relatos de testemunhas que confirmaram que Sastre havia consumido álcool antes de dirigir, além de laudos periciais que indicam alta velocidade do veículo.
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No júri, sete jurados decidirão sobre a culpabilidade do réu, ou seja, definirão se haverá condenação ou absolvição. A sentença, no entanto, será de decisão do juiz. Se condenado, Fernando Sastre pode pegar até 30 anos de prisão.