Quitinete de 33 m² vendida por R$ 1,6 milhão viraliza

Em Balneário Camboriú (SC), uma quitinete vendida por R$ 1,6 milhão viralizou nas redes sociais nesta semana. Ela fica num edifício de quatro andares, construído há mais de cinco décadas, sem elevadores nem garagem.

Apesar de estar na rua da praia, o apartamento de 33 metros quadrados não tem janela com vista para o mar. A praia pode ser vista pelo corredor, que serve como uma espécie de varanda compartilhada.

Dubai Brasileira

O apartamento fica na “Dubai Brasileira”, como Balneário Camboriú também é conhecida. A cidade do litoral catarinense tem o metro quadrado mais caro do país: R$ 12,3 mil.

Mesmo assim, a quitinete em questão está bem acima do valor. Com o metro quadrado a R$ 12,3 mil, custaria cerca de R$ 405 mil, ou seja, quase quatro vezes menos que o anunciado.

Falem mal, mas falem de mim

O pequeno apartamento gerou burburinho, quando usuários no Twitter repercutiram um vídeo de Jeferson Cherobin, influenciador digital especializado em construção civil, mostrando os detalhes do imóvel. Ele a descreveu como “a quitinete mais cara do Brasil”.

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O loft também está disponível no Airbnb, plataforma de aluguéis temporários. O anúncio já aproveitou a oportunidade para surfar a onda das críticas:

“Hospede-se na famosa quitinete que custa mais de R$ 1,5 milhão, conhecida como a kitnet mais cara do Brasil (para venda) nas redes sociais”, diz a propaganda, segundo a Folha de S.Paulo.

Especialistas divergem sobre a quitinete vendida por R$ 1,6 milhão, em Balneário Camboriú

Para a corretora de imóveis Talyta Carvalho, o imóvel oferece “somente o básico e muito básico, sem alcance para alto padrão” — fator que justifica os altos preços no litoral catarinense. “Nada justifica esse valor.”

Já na opinião do consultor imobiliário Leno Lenivaldo Silva, “certamente houve” pesquisa de mercado, com a “conclusão de que, agregando diferenciais ao imóvel, haveria potenciais clientes interessados na aquisição”. Portanto, “existindo compradores, o preço é viável”.

Cada vez menores e mais caras

Com até 30 metros quadrados, as chamadas “micromoradias” vêm ganhando adeptos, entre compradores e locadores. É uma opção barata para quem quer moradia, em razão da disparada de preços de aluguéis.

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De acordo com os especialistas, esses imóveis cada vez menores são uma tendência que atrai principalmente investidores e pessoas que moram sozinhas.