As cidades do litoral de São Paulo testam estratégias para conter o avanço do mar sobre as faixas de areia e parte do território. Entre as obras, estão a criação de barreiras submersas e muros e a preservação da vegetação, como forma de diminuir os problemas causados pelo aumento do nível dos oceanos.
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Desde 1950, o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) realiza medições no litoral paulista e ao longo dos anos o mar já subiu 20 centímetros na região. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), Santos e outras cidades litorâneas do Brasil e do mundo podem perder mais de 5% do território até 2050 por causa do avanço dos oceanos.
Esses estudos têm incentivado as cidades a criarem um plano de ação para diminuir os efeitos nos municípios. Em Santos, a prefeitura criou o Plano Municipal de Mudanças Climáticas, em 2016.
Santos tem projeto-piloto contra avanço do mar
Dois anos depois, em colaboração com a Unicamp, iniciou um projeto-piloto inovador na Ponta da Praia, instalando 49 geobags em formato de “L”, que cria uma barreira submersa com 275 metros de comprimento. O monitoramento revela um aumento significativo de 8,9 centímetros na altura da areia nessa área.
Ao Metrópoles, a administração do Guarujá relata o desenvolvimento do projeto “Areia Viva” ao longo de dois anos, baseando-se em estudos sobre a qualidade sanitária e a movimentação natural da areia em dez praias. Outros projetos, incluindo a preservação do jundu, vegetação típica das proximidades das praias, estão em andamento.
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A Prefeitura de Praia Grande destaca a vulnerabilidade do sul da orla, mas salienta que a geografia costeira da cidade contribui para evitar erosões significativas.
O governo de Caraguatatuba, por sua vez, informou que monitora a situação nas praias, ao ponderar os aspectos negativos do engordamento da faixa de areia.
São Vicente, depois de seis meses de estudos na Praia dos Milionários, está prestes a determinar estratégias com base nos resultados obtidos. Contudo, a construção de muros é vista com ressalvas, e soluções similares a Balneário Camboriú, onde a prefeitura aumentou a orla da praia, são tratadas com cautela pela administração municipal.
Muros como barreira de proteção
A construção de muros surge como uma estratégia adotada em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo. A prefeitura destaca a implementação de muretas de contenção com fundações mais profundas e enrocamento, visando a fortalecer a resistência contra a erosão provocada pelas ondas.
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Em Ubatuba, a prefeitura tem projetos para monitorar e conter a erosão costeira, não descartando a possibilidade de construção de muros como medida preventiva. A recuperação de um muro de arrimo na Praia do Itaguá, orçada em R$ 1,9 milhão, está em processo de adequações do projeto.
Projetos de alargamento em pausa
Projetos de alargamento da faixa de areia são mencionados em Ilhabela, datando do início do século, em 2001, como medida preventiva contra a erosão costeira, a inundação das ruas e para oferecer mais espaço aos turistas.
Contudo, a administração municipal informa que o projeto está suspenso por tempo indeterminado por causa da significativa queda de 50% na arrecadação com royalties do petróleo desde 2021, representando uma perda de mais de R$ 1 bilhão no orçamento do município.
Há um profundo engano de quem afirma que o mar está avançando sobre os continentes. Na realidade o nível do mar se mantém, globalmente, e mesmo localmente, com igual nível. Se há, por exemplo, a fusão de geleiras, esta mesma fusão faz aumentar as perdas por evaporação, mantendo assim, o mesmo nível. O que se movimenta, subindo em algumas regiões e descendo em outras, é o continente. denomina-se isto de Epirogênese ou Epeirogênese. Há algumas áreas onde estão se formando futuras cadeias de montanhas, o que se denimina de Orogênese. Os continentes continuam a sua evolução tecto-estrurural e não vão parar nunca. Mesmo as cadeias atuais como os Alpes e os Andes continuam evoluindo. Com as observações realizadas através de satélites verificou-se que estas cadeias aonda estão aumentando duas cotas topográficas, em cerca de 3 cm a cada 10 anos.. Conclui-se disso tudon que as medidas que estão sendo tomadas (constução de barreiras, muros) resultarão inócuas.
Alguns partidos já apontam 3 caminhos: 1) Culpar Bolsonaro, 2) Aumentar os impostos e 3) Considerar inconstitucional o avanço do mar.