Um relatório do Governo do Estado do Rio de Janeiro apontou uma série de problemas estruturais no Sambódromo da Marquês de Sapucaí que trazem “risco concreto de incêndio” no espaço. O local é administrado pela prefeitura do município, que pode ser proibida de apresentar desfiles de escolas de samba neste Carnaval se não resolver a situação.
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A fiscalização ocorreu durante os ensaios técnicos do Carnaval, dias 21, 27 e 28 de janeiro.
Já na abertura do documento há uma foto dos caixões de vítimas da Boate Kiss, em Santa Maria (RS). A s imagens têm o propósito de alertar as autoridades para o tamanho do perigo ao qual a população está sendo exposta.
Saídas de emergência
De acordo com os fiscais que averiguaram o local, nos 700 metros da Marquês de Sapucaí havia somente três pequenas saídas de emergência. Duas delas estavam trancadas. Na principal saída de emergência do lado ímpar existem “obstáculos intransponíveis” para o público.
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“Todas as portas de saídas de emergência dos camarotes, frias e cadeiras, ou seja, aquelas pequenas portas para acesso do público à pista em caso de emergência, estavam completamente lacradas”, alerta o documento.
Para piorar, faltam no sambódromo extintores de incêndio e luzes de emergência e iluminação adequada dos espaços, segundo os fiscais. Eles também encontraram pessoas armadas circulando livremente, especialmente nos camarotes.
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“Apesar de existir nos acessos principais um processo de revista pessoal , inclusive com detectores de metais, há diversos portões sem controle nenhum”, acusa o relatório.
Acidentes por choque elétrico
Victor Travancas, subsecretário do gabinete do governador Cláudio Castro (PL), concluiu o diagnóstico do sambódromo esta semana. Segundo ele, a população também está suscetível a acidentes por choque elétrico.
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“Chamou a atenção da nossa equipe a quantidade de ambientes com fiação de alta tensão completamente exposta”, avisou Travancas. “Na maior parte da extensão da Marquês de Sapucaí, a fiação e transformadores estavam dentro da água — com risco gravíssimo de uma tragédia.”
O Estado “todas as secretarias de Estado e autarquias com poder constitucional de fiscalização sobre as atividades descritas, devem agir para prevenir e proteger os cidadãos.
A Prefeitura do Rio de Janeiro ainda não se manifestou.
E o Prefeitinho vai dizer alguma coisa ou vai deixar todos queimarem ?
Em fevereiro de 2020 havia risco de disseminação do vírus chinês, e as autoridades ignoraram a recomendação de cancelar a festividade.