A primeira viagem da Companhia de Metropolitano de São Paulo, o Metrô, completa 50 anos neste sábado, 14. A rede atual possui 104 km de extensão, com seis projetos em andamento que visam a ampliar a malha para 146 km até 2028.
Esses números não incluem as linhas administradas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e pela ViaMobilidade.
Durante a última década, os atrasos nas obras e as restrições orçamentárias reduziram a velocidade de entrega dos novos trechos. O metrô é um modal menos poluente.
Queda no número de passageiros no Metrô de São Paulo
Depois da pandemia, houve uma queda de 18,7% no número de passageiros entre janeiro e junho, comparado ao primeiro semestre de 2019.
Especialistas apontam fatores econômicos e comportamentais como causas dessa redução.
Simultaneamente, há um aumento na demanda por transporte público, especialmente nas áreas mais carentes.
Desafios para o equilíbrio financeiro
Com menos passageiros, o desafio passa a ser equilibrar as receitas e atrair investimentos. A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) aposta em parcerias com a iniciativa privada, como nas linhas 6-Laranja e na expansão da 4-Amarela.
A Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado afirma que as novas concessões incluem pagamentos fixos pelo governo, conforme a disponibilidade de trens. Nos contratos anteriores, as concessionárias recebiam parte da arrecadação das passagens.
Expansão da rede do Metrô
O projeto prevê oito novas estações na zona leste, entre elas Água Rasa, Anália Franco, Aricanduva e Penha. A previsão de entrega do primeiro trecho, de Vila Prudente a Vila Formosa, é para o fim de 2026.
O segundo trecho, de Vila Formosa a Penha, deve ser concluído em 2027.
Na zona norte, serão 15,3 km de linhas e 15 estações entre a região e o centro. O primeiro trecho, de Brasilândia até a Pontifícia Universidade Católica (PUC), está previsto para 2026.
O segundo, de PUC a São Joaquim, será entregue em 2027. O Estado considera estender o projeto ao norte e sudoeste, mas ainda não há novos contratos.
Estão em construção 4,8 km de novas linhas, com uma estação no sentido oeste (Ipiranga, conectada à CPTM) e duas no sentido leste (Boa Esperança e Jacu Pêssego). A conclusão da obra está prevista para 2027, com planos de estender até Cidade Tiradentes.
Projetos em andamento
Desde 2012, estão em construção 6,7 km e oito estações na zona sul, ligando o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi. Inicialmente, eram previstas 18 estações, mas o projeto foi reduzido depois de vários atrasos. O novo prazo de entrega é junho de 2026.
Em junho, foi assinado um aditivo de contrato com a ViaQuatro para estudos e projetos de extensão até Taboão da Serra, com duas novas estações e 3,3 km.
A obra deve começar até o fim do ano, com operação prevista para 2028.
Outro aditivo de contrato foi assinado em junho com a ViaMobilidade para extensão da linha até o Jardim Ângela, com 4,3 km de novas linhas. A expectativa é que a obra comece no primeiro trimestre de 2025 e a operação em 2028.
Modelo de contrato
Segundo a secretaria, as mudanças nos contratos ajudam a manter a qualidade e permitem ajustar a quantidade de vagões conforme a demanda, o que reduz o risco de prejuízo.
O novo modelo também amplia as possibilidades de lucro com a venda de publicidade e os pontos de comércio no metrô.