Milícia de Zinho cobra taxas de construção civil e de obras da prefeitura no Rio

A milícia de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, passou a explorar sistematicamente o setor de construção, com taxas para todo tipo de obra, inclusive para a Prefeitura do Rio de Janeiro.

A informação faz parte da denúncia da Operação Dinastia 2, deflagrada nesta terça-feira, 19, pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

De 12 mandados de prisão, cinco pessoas foram presas. Zinho é um dos procurados. De acordo com os promotores, grandes empreiteiras foram obrigadas a pagar todo mês para os milicianos para cada empreendimento que subiam, inclusive nas obras da Prefeitura.

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Nas tabelas, há o registro de parcelas pagas de R$ 13 mil aos milicianos. Um subtotal mostra pagamentos de R$ 168 mil em um mês só com as taxas, de acordo com portal g1, que teve acesso aos registros.

“A organização da ‘empresa criminosa’ é revelada através das diversas planilhas de controles de pagamento das ‘taxas’ com nomes de devedores, datas e valores, sendo estarrecedor o fato de que nem mesmo as ‘Obras da Prefeitura’ escapavam das cobranças”, escreveu o MPRJ. “O absurdo foi revelado: o Estado Formal é apontado como devedor do Estado Paralelo.”

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A Prefeitura do Rio disse, em nota que tem ciência “dessas intimidações feitas tanto pelo tráfico quanto pela milícia” e que “sempre orienta as empresas para que denunciem”.

A Prefeitura também disse que, em agosto deste ano, funcionários da empresa Lytorânea que trabalhavam nas obras do Bairro Maravilha Sandá, em Bangu, foram agredidos por criminosos. “O município também já tomou outras providências, como a retirada do valor investido das placas de obras”, disse.