Uma portaria publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves para evitar a disseminação de gripe aviária (H5N1). A medida foi publicada na edição desta quinta-feira, 30, do Diário Oficial da União.
A norma também suspendeu a “criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior”, em estabelecimentos registrados pelo ministério.
As medidas valem em todo o Brasil para qualquer espécie de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas que estejam em cativeiro ou criadas para outras finalidades.
A portaria terá duração de 90 dias e pode ser prorrogada, segundo o Ministério da Agricultura.
A medida é semelhante à adotada em países vizinhos, depois que casos da gripe aviária começaram a atingir aves silvestres e de criação. No Brasil, ainda não há casos confirmados de gripe aviária, de acordo com o ministério. Chile, Argentina e Uruguai estão entre os países da região que confirmaram mortes de animais em razão da doença.
Em São Paulo, o governo fez um comunicado às autoridades de saúde animal e pecuaristas informando sobre a “necessidade de reforçarem as medidas de biosseguridade em grau máximo”.
Há duas semanas, o ministro Carlos Fávaro participou de uma reunião com lideranças de seis países da América do Sul para debater medidas coletivas que podem ser adotadas para a prevenção da doença.
Nesta quarta-feira 29, o Ministério da Saúde do Chile confirmou o primeiro caso de gripe aviária em um ser humano. O país tem registrado casos da doença em animais silvestres desde o fim de 2022.
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