Em informe técnico divulgado ontem, segunda-feira 3, o Ministério da Saúde recomendou a Estados e municípios brasileiros que adotem um intervalo de 12 semanas entre as duas doses da vacina da Pfizer contra a covid-19. O imunizante chegou ao país na quinta-feira 29 e já começou a ser distribuído.
O intervalo de três meses recomendado pela pasta é superior ao período de 21 dias entre as doses indicado pela Pfizer na bula da vacina, com base em testes de segurança e eficácia. O governo brasileiro decidiu seguir o exemplo do Reino Unido, que também adota 12 semanas entre a primeira e a segunda dose do imunizante.
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Segundo o ministério, a decisão foi tomada com o objetivo de imunizar o maior número possível de brasileiros com a primeira dose, o que “traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente à pandemia de covid-19”.
Ainda de acordo com a recomendação técnica da pasta, a ampliação da oferta da primeira dose da vacina da Pfizer a um número maior de brasileiros “poderá trazer ganhos significativos do ponto de vista de saúde pública, reduzindo tanto a ocorrência de casos e óbitos pela covid-19 nos indivíduos vacinados, mas também a transmissibilidade da doença na população”.
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Em nota, a Pfizer reiterou que a bula da vacina indica um intervalo de 21 dias entre uma dose e outra, mas destacou que as autoridades sanitárias de cada país têm autonomia para definir os critérios de dosagem do produto. “A bula hoje registrada pela Anvisa preconiza um intervalo entre doses, preferencialmente, de 21 dias. A segurança e a eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes, uma vez que a maioria dos participantes do ensaio recebeu a segunda dose dentro da janela especificada no desenho do estudo”, afirma a empresa.