A Prefeitura de Piracicaba, no interior de São Paulo, acionou o Ministério Público de São Paulo nesta quarta-feira, 10, para investigar a morte de milhares de peixes no Rio Piracicaba. O episódio aconteceu no último domingo, 7.
A morte dos peixes pode gerar uma multa de até R$ 50 milhões à Usina São José S/A Açúcar e Álcool.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) coletou amostras de água do rio e identificou que a causa da morte dos peixes foi o despejo irregular de resíduos industriais pela usina no Ribeirão Tijuco Preto, que deságua no Rio Piracicaba.
Multa milionária à vista
A Cetesb prevê multa de até R$ 50 milhões aos responsáveis pela morte dos peixes, que configura crime ambiental.
Contudo, o órgão ainda aguarda a conclusão das análises laboratoriais das amostras recolhidas para dar base ao processo administrativo que definirá a penalidade à Usina São José.
O laudo das análises laboratoriais das coletas feitas no rio deve ficar pronto na próxima terça-feira, 16, de acordo com a Cetesb. Equipes da companhia monitoram a operação da usina para evitar novos despejos no rio.
Medidas de recuperação ambiental do rio
A Prefeitura de Piracicaba pretende exigir da usina o repovoamento dos peixes, com a soltura de alevinos (peixes recém-eclodidos) no rio.
Dados do Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água da Cetesb mostram que, na quarta-feira, a concentração de oxigênio dissolvido na água do Rio Piracicaba estava normalizada. Isso depois da eliminação da fonte de poluição na última segunda-feira, 8.
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A substância despejada, com alta carga orgânica, atingiu uma área de 42 km de extensão, desde o local do lançamento no ribeirão até o leito do Rio Piracicaba, na região da Rua do Porto.
Força-tarefa para limpeza
Na manhã desta quinta-feira, 11, a prefeitura criou uma força-tarefa para limpeza e retirada dos peixes do rio.
A tarefa envolveu a Cetesb, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), a Defesa Civil, a Polícia Militar Ambiental, o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), entre outras entidades.
Que absurdo! A multa tem que ser bem mais pesada e tem que enquadrar criminalmente os responsáveis.
É sempre a mesma palhaçada. Há anos que detonam o rio Piracicaba e nada acontece…são análises, investigações etc e quando acham um culpado aplicam aquelas multas que todo mundo sabe que não irão pagar…temos exemplos de sobra. O certo era de imediato prender os responsáveis utilizando o mesmo padrão de AM para quem apenas cuspiu na entrada do congresso nacional….cadeia tempo mínimo 17 anos………certamente outras empresas parariam de jogar dejetos químicos no rio. É um verdadeiro crime o que acontece sem penalidade alguma. Brasil nunca será um país decente, está no DNA do descobrimento e colonização.
Multa pequena tem de dobrar