A Polícia Civil de Barueri (SP) investiga a morte do técnico audiovisual Celso Guimarães Silva, de 49 anos, que ocorreu num estúdio do coach e ex-candidato a deputado Pablo Marçal.
Silva morreu dois dias depois de sofrer uma descarga elétrica e cair de uma altura de aproximadamente 3 metros. O homem foi velado nesta sexta-feira, 30, às 10 horas da manhã. O enterro aconteceu no Velório Municipal de Santana de Parnaíba.
Leia também: “TSE rejeita candidatura de Pablo Marçal a deputado federal”
No momento do incidente, o técnico de audiovisual estava montando uma estrutura para uma live. Ele usava um capacete e um talabarte (equipamento que prende o cinto de segurança a estruturas). Contudo, esse mesmo equipamento não havia ponto de ancoragem.
Leia mais: “Deputado do PT é reeleito depois de recontagem de votos”
Silva permaneceu internado no Hospital Municipal de Barueri até quarta-feira 28, mas não resistiu. A causa preliminar da morte foi hemotórax — quando ocorre o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O técnico fraturou as costas, a escápula e a clavícula direita.
A Polícia Civil de Barueri aguarda os resultados dos laudos periciais. A corporação qualificou a ocorrência como “morte suspeita”.
Pablo Marçal se manifesta sobre a morte do técnico audiovisual
O coach e ex-candidato a deputado lamentou a morte de Silva e confirmou que o incidente ocorreu em um dos seus estúdios. “Prestamos nossas condolências aos familiares e informamos que o acidente não tem qualquer [sic] ligação com nosso grupo empresarial”, informou.
A empresa de Marçal alega que “o sistema de segurança do prédio gravou o momento do acidente, que será encaminhado às autoridades assim que for solicitado”. Informa também que “o motivo da queda, pelo que se nota no vídeo, foi a tentativa frustrada de fazer uma manobra na escada em que ele estava”.
Leia também: “TSE rejeita candidatura de Pablo Marçal a deputado federal”
Já o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica (Sindcine) afirmou que está em contato com a família de Silva. “É trágico que, novamente, um técnico perca a vida em condições que poderia ter sido prevenidas”, disse Sonia Santana, presidente do Sindcine, nas redes sociais.
… foi a tentativa frustrada de fazer uma manobra na escada em que ele estava”.
– Se o cinto de segurança estava preso à estrutura em ele estava, então seria a escada. E a escada estava fixa em que? Lógicamente em nada. Então, no meu entendimento, foi mais falta de perícia do qualquer outra coisa. Equipamento de apoio inapropriado para o serviço.