A greve dos ônibus prevista para esta sexta-feira, 30, foi suspensa pelo grupo que afirma ter vencido a eleição do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo (SindMotoristas).
Na noite desta quinta-feira, 30, eles recuaram por conta da expectativa de realização de uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região (TRT-2) nesta sexta-feira, 1º.
O anúncio ocorreu depois que a prefeitura de São Paulo protocolou no TRT-2 um mandado de segurança cível contra a entidade. Na ação, a gestão municipal requereu a garantia do funcionamento da frota de ônibus, sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia de paralisação.
Em nota, a prefeitura classificou a greve como “ilegal” e disse que ficou surpresa com o anúncio da paralisação por meio da imprensa.
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Greve dos motoristas convocada por chapa que venceu
Não houve uma assembleia formal para definir a greve, que foi convocada pelo candidato Edvaldo Santiago, que venceu as eleições do SindMotoristas pela chapa 4. O grupo venceu o pleito na semana passada, mas a disputa acabou suspensa pela Justiça do Trabalho.
A greve estava prevista para ter início à 0h desta sexta-feira, 1º, com uma resposta da chapa 4 ao cancelamento das eleições do sindicato. Santiago obteve 75% dos votos apurados na votação que aconteceu nos dias 21 e 22 de outubro.
As outras chapas e a diretoria do sindicato afirmaram que o chamamento da paralisação não representava toda a categoria dos motoristas de ônibus.
“O SindMotoristas informa a população em geral e as autoridades competentes que não convocou a realização de greve”, disse a entidade no comunicado.
Se os motoristas e cobradores realizassem a greve, a previsão é de que a vida dos passageiros seria complicada na capital paulista.
A paralisação seria a segunda na mesma semana na cidade. Na terça-feira 28, funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), trabalhadores da saúde e educação pararam as atividades em protesto contra os planos de privatização do governo de São Paulo.