A prefeitura de São Paulo entrou com ação no Tribunal de Justiça do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) para tentar impedir a greve de motoristas dos ônibus municipais da capital paulista, marcada para sexta-feira 1º.
A paralisação foi convocada pelo candidato Edvaldo Santiago, que venceu a eleição do Sindicado dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (SindMotoristas). A iniciativa é um protesto contra o cancelamento do resultado pela Justiça.
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Greve ilegal
Para a prefeitura, a greve é ilegal. Na ação liminar, gestão municipal pediu que 100% da frota de ônibus seja mantida em circulação na cidade, sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia.
Em nota, a prefeitura afirmou que foi surpreendida com a notícia vinculada na imprensa sobre a greve do serviço de transporte público de ônibus na capital paulista.
“Evidente que a paralisação pretendida se faz totalmente ilegal e abusiva, não sendo o meio hábil para discordar de decisão judicial”, disse em comunicado.
A greve dos motoristas de ônibus foi convocada três dias depois da greve de 24 horas nos trens e no metrô promovida pelos sindicatos dos funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) contra o plano de privatizações do governo de São Paulo.
Eleições suspensas
A chapa de Santiago ressaltou que o Tribunal Regional do Trabalho cancelou duas audiências no processo que trata da suspensão das eleições. O candidato teria vencido o pleito com cerca de 70% dos votos.
A eleição do SindMotoristas ocorreu nos dias 21 e 22 de novembro. Segundo o sindicato, mais de 20 mil trabalhadores participaram das votações.
Porém, o TRT-2 acatou uma liminar apresentada por uma das chapas que disputaram o pleito e que era contra a atual direção. A chapa que representa a atual diretoria venceu as eleições.
Mas três das quatro chapas envolvidas na disputa pediram o adiamento da votação por três meses e a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas.