Seis pessoas que estavam na embarcação Bom Jesus foram encontradas com a ajuda de um pedido de socorro colocado dentro de uma garrafa. Segundo informações da Marinha, o barco Bom Jesus saiu de Santarém (PA) no dia 24 de março. Três dias depois da partida, a embarcação pegou fogo, quando estava na Ilha das Flechas, a cerca de 150 quilômetros de Belém.
Os tripulantes se refugiaram na praia da ilha, permanecendo 17 dias isolados. A ajuda veio na quarta-feira 13, graças a um bilhete pedindo por socorro e lançado ao mar.
O bilhete, escrito no dia 9 de abril, foi achado por pescadores, que avisaram a Marinha. Ele informava a localização, a lista de pessoas perdidas e os números dos celulares dos familiares que moram em Santarém.
A Marinha achou os seis tripulantes com vida e realizou o resgate. Esta é a lista dos cinco homens e uma mulher resgatados:
1. Antônio Oliveira dos Santos – maquinista mecânico;
2. Leilane Carla Ferreira Guimarães – cozinheira;
3.Cristiano de Azevedo Figueira – marinheiro;
4. Joelson da Silva Costa – responsável pela carga;
5. Valdeney Dolzanes Reis – policial militar;
6. “Negão” – maquinista.
Refeição a cada três dias
O incêndio começou na cozinha e se alastrou pelo restante da embarcação. Os tripulantes contam que só conseguiram salvar poucos alimentos e quatro garrafões de água.
No período que ficaram isolados na ilha, eles relatam que fizeram racionamento de comida, chegando a comer de três em três dias e bebendo água da chuva. O grupo conseguiu salvar também uma lona do barco, com a qual fizeram um acampamento improvisado para se proteger.
No dia 13, a Marinha finalmente os encontrou. Ainda dentro do helicóptero de resgate, os náufragos começaram a receber os primeiros socorros. De acordo com a Marinha, eles apresentavam um bom estado de saúde. Chegaram a Belém na quarta-feira 13 e foram encaminhados para UPA de Sacramenta.
A Marinha informou que está apurando o caso da embarcação Bom Jesus. Ainda não se sabe se o barco era regularizado e onde ele está localizado, já que ficou completamente submerso. Não se sabe também qual era a carga que estava sendo transportada de Nazaré, na região de Marajó.
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