Estudantes entre 11 e 12 anos do sétimo ano da Escola Móbile, na capital paulista, tiveram de ler uma versão do livro O Diário de Anne Frank que os pais consideraram erótica. Adaptada em quadrinhos pelo escritor Ari Folman e com selo da Unicef e da Fundação Anne Frank, a obra apresenta uma personagem um pouco diferente da garotinha fugindo dos nazistas na década de 1940.
Depois da leitura de algumas páginas durante uma aula de inglês ministrada ontem, terça-feira 1º, os alunos se depararam com trechos que causaram constrangimento, de acordo com as famílias. Segundo relatos das crianças aos pais, o professor pediu que partes do material fossem reproduzidas, em voz alta, na sala de aula. Leia abaixo:
“Entre suas pernas existem coisas macias e acolchoadas, também cobertas com pelos, que se comprimem quando você está de pé, para que você não consiga ver o que tem dentro. Elas estão separados quando você se senta, e são muito vermelhas e completamente carnudas por dentro. Na parte superior, entre os lábios externos, há uma prega de pele que, no segundo pensamento, parece uma espécie de bolha. Esse é o clitóris.”
“A parte superior tem alguns orifícios pequenos, que é por onde sai a urina. A parte inferior parece ser apenas pele, mas é onde está a vagina. Você mal consegue encontrar porque as dobras da pele escondem a abertura. O buraco é tão pequeno que mal posso imaginar como um homem poderia entrar lá, muito menos como um bebê poderia sair. Já é difícil tentar colocar seu dedo indicador dentro. Isso é tudo que existe e, no entanto, desempenha um papel tão importante!”
“Devo admitir, cada vez que vejo uma mulher nua, fico em êxtase. Se eu tivesse uma namorada!”
Veja imagens
Reação
Após o episódio, um abaixo-assinado chegou à direção da escola. No documento subscrito por cerca de 90 pais, critica-se a exposição de crianças a um material que avaliaram ser de conotação sexual. “Questionamos a adoção da versão com páginas de cunho sexual inapropriado para alunos de, no máximo 12 anos, — o que põe, inclusive, o tema central do Holocausto em segundo plano”, afirmam os pais. “A obra anteriormente utilizada pela escola ‘Anne Frank. The Diary of a Young Girl’ nos últimos cinco anos não apresentava conteúdo controverso e tampouco causava constrangimento aos alunos e às famílias.”
Na papelada, solicita-se a volta do livro utilizado nos anos anteriores sob o argumento de que o pai de Anne Frank, Otto Frank, retirou do diário original partes que considerou inapropriadas: “Solicitamos, diante do exposto, que voltem a utilizar a versão da obra adotada anteriormente. Além disso, aproveitamos a oportunidade para requisitar uma reunião conjunta urgente com a diretoria-geral da escola, para podermos expor nossos pontos de vista e ouvirmos as justificativas pelo material adotado por parte da escola em 2021.” Confira, abaixo, o documento:
A escola
Em resposta aos pais, a Escola Móbile informou que trata-se de um livro premiado: “Neste ano, a Coordenação da área de inglês selecionou uma versão em quadrinhos de autoria dos premiados artistas israelenses Ari Folman e David Polonsky desse que é considerado o diário mais importante do século XXI, a fim de ampliar o desafio linguístico que a adaptação anterior não apresentava e de dialogar com uma linguagem que é bastante cara à faixa etária dos pré-adolescentes do Ensino Fundamental II. Mesmo assim, acreditando sempre que a parceria entre as famílias e a escola é primordial para a aprendizagem efetiva de nossos estudantes, disponibilizaremos, no Móbile Virtual, outra versão do livro: The diary of a young girl, da Editora Pearson.”
A Revista Oeste entrou em contato com o colégio. Eis o posicionamento da instituição:
“A Escola Móbile adotou, em uma atividade da disciplina de inglês para o 7º ano do Ensino Fundamental, o livro Anne Frank’s Diary: The Graphic Adaptation, uma versão oficial da história da jovem judia, referendada pela Unicef e pela Fundação Anne Frank. Trata-se do Diário de Anne Frank em quadrinhos. A leitura integra um projeto amplo para o debate e reconhecimento dos horrores do Holocausto, estimulando a reflexão sobre seu contexto histórico. A escola optou pela utilização da versão da obra em quadrinhos, entre outros motivos, pelo fato de que o formato torna a leitura mais atraente e dinâmica para os estudantes dessa faixa etária. A obra tem indicação para a faixa etária entre 8 e 12 anos de idade, segundo a editora Record, parceira oficial da Fundação Anne Frank no Brasil e que, inclusive, atesta que a obra ‘retrata de forma fiel’ o diário de Anne Frank. A Móbile salienta que todo o conteúdo textual da edição consta no diário original redigido por Anne Frank, inclusive os trechos pontuais que suscitaram a referida discussão. Por fim, a escola tem conversado com alguns pais que levantam dúvidas sobre o conteúdo do livro.”
Leia também: “A estupidez da linguagem neutra”, reportagem publicada na Edição 62 da Revista Oeste
Gostei do argumento da escola: “é um livro premiado”! Desculpa eu não sabia disso, pode liberar a sacanagem para as crianças, mas é só porque é premiado!
Lamentável. o curioso é a escola se justificar e não pedir desculpas.
Absurdo.Sugiro processar a escola formalmente e divulgar para todos país afim de retirarem seus filhos deste lugar desprezível.
Certamente esse absurdo não se restringe a leitura obrigatória de um livro fora do contexto etário dos alunos. Esta escola não ve limites para suas ações marxistas pois pais acabam se acomodando e deixando com uma orcrim a educação de seus filhos.
De qualquer maneira, escolher a escola dos filhos é do livre arbitrío da família. Tomem atitudes concretas…
Anne Frank morreu em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial e estes lixos tentam fazer as crianças aceitarem de maneira nada sutil pedofilia. Colégio lixo!
Pornografia disfarçada de pedagogia.
Há tempos assisti a um debate sobre o que seria “erótico” ou “pornográfico”. O que depreendi naquela ocasião me leva a concluir que este texto (em princípio pertencendo à intimidade inviolável de uma criança) é indubitavelmente pornográfico na forma e no contexto apresentado; além de servir convenientemente como “cartão de visitas (facilitar a aproximação)” para pervertidos (as) sexuais. Um estranho e insuportável relaxamento de costumes no seio da sociedade está arrostando aos “mores maiorum” antigos e aceitos.
Impressionante a cabeça destes sem vergonha. Livro de sacanagem , lésbico, usando o horror que foi do holocausto, para disfarçar. Quem tem filhos lá se não reagir é cúmplice. Livro premiado por doidos.
pornográfico, pervertido e com essa balela de que é premiado… pelo jeito foi premiado por esquerdopatas pedófilos e pervertidos com clara intenção de corrupção de menores numa situação de publico cativo…
Repugnante
é o resultado direto do marxismo cultural, a destruição dos valores familiares
Que horror!!! Que tipo de escola é essa? Fossem filhos meu, os retiraria da escola. E ainda os processava por constrangê-los. Essa não é obrigação da escola, muito menos quando os alunos são crianças.