Os bastidores da aprovação de Zanin

O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin teve uma noite movimentada logo depois de participar da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

De acordo com informações do site da CNN, após sete horas de sabatina, o advogado seguiu para o gabinete de Davi Alcolumbre (União-AP), no anexo 2 do Senado. O senador emprestou a sala para que Zanin acompanhasse a votação de sua indicação no plenário da Casa.

Zanin estava acompanhado de sua mulher, a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, de seus auxiliares e de assessores de Alcolumbre. O futuro ministro foi recebido no gabinete com um jantar árabe.

Logo depois de ter o nome aprovado, por 58 senadores, Zanin foi aconselhado a telefonar para Rosa Weber, presidente do STF. A ministra parabenizou o escolhido de Lula pela aprovação.

Os dois devem se encontrar nesta quinta-feira, 22, na sede do Supremo. Essa será a primeira visita de Zanin ao prédio. No encontro, ambos vão dar início às tratativas para a cerimônia de posse, que deve ocorrer em agosto.

Em nota, a presidente do STF afirmou ter recebido com alegria a notícia da aprovação pelo Senado de Zanin. “Com uma carreira brilhante na advocacia, estou certa de que contribuirá para o fortalecimento da democracia constitucional em nosso país”, disse Rosa Weber.

Aprovação de novo ministro do STF foi uma das mais apertadas

O advogado Cristiano Zanin teve a sua indicação ao STF aprovada pelo Senado. No plenário, a votação foi de 58 votos favoráveis e 18 contrários. O número o deixou entre os três com menor diferença de placar entre os atuais integrantes da Corte.

Zanin poderá permanecer como ministro do STF pelos próximos 27 anos. Isso porque em 2050 ele completará 75 anos — idade em que os magistrados são aposentados de forma compulsória.

Caso Zanin permaneça na função até o 75 anos, o novo membro do STF ficará no cargo por 27 anos, ou seja, até 2050. Antes de chegar à Suprema Corte do Brasil, ele foi advogado pessoal do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele chegou a representar o petista em casos da Lava Jato, operação da qual ele mesmo chegou a ser alvo.