O avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira, 9, estava em uma situação de risco conhecida como “parafuso chato”. Ela ocorre quando a aeronave perde altitude rodando na vertical.
De acordo com três oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) consultados pelo portal Uol, o avião perdeu sustentação e desceu girando até colidir com o solo. O acidente matou 62 pessoas.
Para voar, é preciso que o ar que passa embaixo da asa seja mais veloz do que aquele que está sobre ela. Ou seja, a aeronave precisa estar se deslocando para a frente, em velocidade horizontal.
Um avião bimotor de passageiros caiu em uma área residencial no bairro Capela, em Vinhedo (SP), no início da tarde desta sexta-feira, 9.
— Revista Oeste (@revistaoeste) August 9, 2024
A Polícia Militar informou que foi acionada às 13h28 para atender à ocorrência na Rua João Edueta, próxima à Rodovia Miguel Melhado de Campos… pic.twitter.com/QQwgWr8qg0
O “parafuso chato” implica em perda de sustentação, e a recuperação em baixa altitude é complexa.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está investigando o acidente, mas ainda não há prazo para a divulgação do relatório preliminar ou final.
Diversos fatores podem provocar a situação de “parafuso chato”. Os oficiais entrevistados pelo Uol preferiram não fazer previsões para evitar especulações.
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Informações sobre queda de avião são preliminares
O que se sabe até agora é que a aeronave estava a 17 mil pés às 13h20. Dois minutos depois, o turbo-hélice havia perdido altitude, descendo para 4 mil pés, e o sinal de GPS foi interrompido em seguida.
A aeronave, um ATR-72, transportava 57 passageiros e quatro tripulantes, tinha partido de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). Este é o primeiro acidente da companhia Voepass desde que se chamava Passaredo.
Técnicos do Canadá e da França estão vindo ao Brasil para auxiliar nas investigações, conforme o protocolo de aviação que envolve os fabricantes da aeronave e de componentes. Se houver dificuldade em extrair os dados, as caixas-pretas podem ser enviadas ao exterior.
Estranhável… Se perdeu a sustentação, ok, vai descer! Agora, porque não continuou em linha reta ou uma curva bem aberta caso tivesse mais gelo de um lado do que de outro na asa, notando-se que os motores estariam ligados e puxando para a frente? Qual o motivo de entrar em parafuso? Será que tinha outro problema ou ainda uma confusão na cabine dos pilotos? A caixa preta tem de esclarecer isso!
A reportagem está equivocada. Para que haja sustentação é preciso que o ar passe mais rápido na parte de CIMA da asa, o que causa menor pressao. O ar passa mais devagar na parte de BAIXO da asa, gerando maior pressao. A sustentação é justamente o resultado desse diferencial de pressao, maior embaixo e menor em cima