Osório José Lopes Júnior, um pastor cego, é apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como líder de uma organização criminosa que deu golpes milionários em mais de 50 mil fiéis. Os estelionatários chegaram a usar o nome de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, para enganar as vítimas.
A polícia atestou que o ex-ministro da Economia não tinha qualquer ligação com o esquema. As vítimas fizeram depósitos de R$ 20 a até R$ 2 milhões em troca de “bençãos financeiras”.
A Operação Falso Profeta descobriu movimentação de R$ 156 milhões da quadrilha em apenas cinco anos. Os policiais encontraram 40 empresas de fachada e mais de 800 contas bancárias suspeitas.
A polícia cumpriu dois mandados de prisão preventiva na manhã desta quarta-feira, 20. Também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão. O pastor Osório Júnior não foi localizado, e é considerado foragido. No total, a Operação Falso Profeta cumpriu sete mandados no Distrito Federal.
Como foi o golpe investigado pela Operação Falso Profeta
A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 30 milhões das contas bancárias dos suspeitos, e também determinou que perfis e páginas do grupo na internet fossem retirados do ar.
As vítimas são fiéis do Distrito Federal, de outras regiões do Brasil e até do exterior. Os suspeitos formavam uma rede criminosa muito bem organizada, de acordo com a Operação Falso Profeta.
Eles tinham estrutura ordenada e divisão de tarefas especializadas na execução de vários crimes: incluindo falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio das redes sociais.
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Os fiéis eram induzidos a investigar quantias de dinheiro com a promessa de recebimento futuro de montantes milionários. O valor variava.
“Tem vítimas que perdem seus imóveis, vítimas que vendem suas casas para investirem nesses falsários”, disse Marco Aurélio Sepúlveda Santos, delegado do caso, ao portal Metrópoles. “O valor de retorno prometido variava de acordo com cada suspeito. Então, tem vítima para a qual era prometido o valor que chegava na casa dos oito dígitos.”
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Não há registro de nenhum fiel que tenha recebido algum retorno dos “investimentos”. Os golpistas abordavam as vítimas, em sua maioria evangélicas, por meio das redes sociais. Eles invocavam uma teoria conspiratória chamada de “Nesara Gesara”.
As vítimas eram convencidas a investir suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos humanitários. O pastor Osório Júnior e seus comparsas prometiam retorno financeiro imediato e rentabilidade estratosférica na execução dos golpes.
Osório Júnior chegou a prometer retorno financeiro de R$ 2 quatrilhões a uma de suas vítimas, um empresário de São Paulo. Ele teria depositado mais de R$ 300 mil na conta do pastor. À outra vítima, ele ofereceu retorno de R$ 1 octilhão.
Onde existe a estupidez, sempre haverá aqueles estelionatários para tirar vantagem dos beócios. Onde existe o sacrifício sempre haverá aqueles coletando as oferendas, onde existe a servidão, sempre teremos aqueles sendo servidos.
Isso acontece por dois motivos, os espertalhões artistas do engodo sabem que é fácil enganar um estúpido ou vários estúpidos, isso acontece porque o estúpido não tem cura, ele será um estúpido pelo resto de sua vida. Muitos deles ainda crediatam no slogan: “O amor venceu”.
O segundo motivo nem precisa dizer, alem de ser fácil trapacear um estúpido, as leis do país não punem com seriedade ou rigidez este tipo de crime.
Com certeza que enxergou muito bem quais os caminhos de sua rota de fuga.
O fanatismo religioso plantado por pastores e padres nas mentes dos simplórios e tolos é tão lucrativo quanto mil petrolões. E a tradição da nossa “justiça” é de não punir os “homens de Deus”, como acontece agora com os brandidos confessos do petrolão: todos soltos e de volta ao poder. Religião sempre foi um negócio muito lucrativo na história da humanidade. E sempre será.