A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira, 6, mandados de busca e apreensão contra suspeitos de terem financiado invasões de uma área restrita do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, e a possível conexão com a tentativa de explodir uma bomba no terminal, na véspera do Natal de 2022.
Quanto às invasões, os eventos ocorreram em 2 e 8 de dezembro e, segundo nota da PF, causaram “uma série de transtornos à segurança aérea e ao serviço aeroportuário”.
Os seis mandados são cumpridos no Distrito Federal e nas cidades de Marabá (PA) e Água Boa (MT). O ministro Flávio Dino, da Justiça, em seu perfil no Twitter, afirmou que a operação investiga “atos criminosos de golpismo e terrorismo político, no caso a invasão do aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado”.
Segundo a PF, os envolvidos são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e associação criminosa.
Preso em flagrante no dia da tentativa de atentado ao aeroporto da capital federal, George Washington de Oliveira Sousa, disse em depoimento à Polícia Civil que o plano do atentado seria criar o “caos” e levar à decretação do Estado de sítio no país e à intervenção das Forças Armadas.
Morador do Pará, Sousa viajou a Brasília para se juntar aos manifestantes contrários à eleição de Lula. No depoimento, o acusado teria confirmado que outras pessoas do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército teriam ajudado na tentativa de explosão.
Souza e Alan Diego dos Santos Rodrigues foram condenados pela Justiça do Distrito Federal em 12 maio pelo atentado à bomba. O juiz Osvaldo Tovani, que manteve a prisão dos dois, sentenciou o primeiro a nove anos e quatro meses de prisão, e Rodrigues, a cinco anos e quatro meses.