A Polícia Federal (PF) deflagrou na quinta-feira 13 a Operação Hidra, contra suposta quadrilha que teria fraudado licitações no sertão de Pernambuco. A investigação apura desvio de dinheiro de contratos de compra de medicamentos e prestação de serviços médicos, além de obras de pavimentação e locação de veículos e uso de “fantasmas” em consultas.
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Agentes vasculharam 86 endereços espalhados por nove municípios pernambucanos: Recife, Camaragibe, Caruaru, Arcoverde, Ibimirim, Afogados da Ingazeira, Itacuruba, Inajá e Salgueiro. As ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) em razão de a investigação mirar Jose Welliton de Melo, prefeito de Ibimirim — cidade localizada a 334 quilômetros do Recife.
A ofensiva mira supostos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, dispensa indevida de licitação, fraude de licitação e lavagem de dinheiro. As penas máximas, somadas, podem ultrapassar 42 anos de reclusão, diz a PF.
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A corporação afirma que o inquérito foi aberto a partir de um acordo de colaboração premiada homologado pelo TRF-5. A delação levantou suspeitas sobre possível associação criminosa. A partir daí a PF encontrou movimentações indicativas de lavagem de dinheiro, constatou a “inexistência de empresas contratadas pela prefeitura ou a incapacidade de outras para fornecer os objetos licitados”. Também encontraram-se indícios de contratações diretas irregulares, superfaturamento e fraudes em licitações.
Conforme os investigadores, o prefeito sob suspeita teria contratado empresas “fantasmas” ligadas a um grupo de empresários, para fornecimento de remédios, prestação de serviços de consultas médicas, realização de obras de engenharia, terraplanagem e pavimentação. Além disso, o esquema também envolveria acertos para locação dos veículos.
Na operação contra “fantasmas” de consultas em Pernambuco, PF investiga beneficiamento de empresários
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A PF aponta indícios de que um dos empresários beneficiados pelo esquema teria indicado uma pessoa para assumir o cargo de pregoeiro nas licitações. A ideia, dessa forma, seria “garantir a vitória de empresas previamente selecionadas”.
Ainda de acordo com a corporação, os investigados teriam ajustado quais empresas ganhariam as licitações. Alguns empresários teriam tido acesso aos documentos das licitações, antes mesmo que eles fossem oficialmente divulgados, apontam ainda os investigadores.
As apurações revelam também que os agentes públicos e os empresários sob suspeita teriam mantido contato para acertar valores de propinas que deveriam ser pagas em troca de as empresas previamente selecionadas saírem vencedoras nos certames
“No decorrer da investigação foram coletadas evidências da utilização de diversas contas ‘laranjas’ — inclusive em nome de servidores e ex-servidores — e de ‘empresas fantasmas’ para movimentar os valores provenientes de atos de corrupção e de possíveis desvios de recursos públicos”, apontou, por fim, a PF.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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“Permambucotrolão”.
Igualzinho ao Petrolão, mas no estado de origem do Molusco.
Obvio, né?
Deve ter mostrado o caminho para os conterrâneos.