A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira, 22, mais uma fase da Operação Registro Espúrio, com a finalidade de apurar suposto esquema de ocultação de bens obtidos através de fraudes em registros sindicais no antigo Ministério do Trabalho. No governo do presidente Jair Bolsonaro, a pasta foi incorporada ao Ministério da Economia. Segundo a Justiça, uma organização criminosa formada por políticos e servidores fraudou concessões de registros de sindicatos.
Nesta manhã, agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em Brasília. A PF identificou o desvio de mais de R$ 2,5 milhões do Ministério do Trabalho por um único representante sindical. Conforme a TV Globo, trata-se de Mauri Viana, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Brasil. O homem teria utilizado a própria empresa de modo a ocultar patrimônio. Caso venha a ser preso e condenado, pode pegar 10 anos de cadeia.
A gênese dos trabalhos
A primeira fase da Operação Registro Espúrio foi deflagrada em maio de 2018. Na ocasião, a PF fez buscas nos gabinetes dos deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB). Dois dias depois da primeira fase da ação dos agentes, o então Ministério do Trabalho suspendeu a concessão de registros sindicais por 30 dias, posteriormente o período foi renovado por mais tempo.
Na segunda fase, deflagrada em junho, o alvo da PF foi a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). Na terceira fase da operação, o então ministro do Trabalho foi afastado do cargo. Na quarta fase da operação, Mauri Viana foi preso temporariamente em Londrina, no norte do Paraná. Na ocasião, a PF cumpriu, ao todo, nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em quatro Estados.