Na noite do último domingo, 12, a Polícia Federal (PF) prendeu um terceiro suspeito de atuar no Brasil a serviço do grupo terrorista libanês Hezbollah. A prisão faz parte da Operação Trapiche.
Ele foi identificado como Michael Messias. E foi preso no Rio de Janeiro. A suspeita da polícia é de que ele tenha sido contratado para mapear pessoas e endereços no Brasil e também para serviços de logística, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Pessoas próximas à investigação disseram que o homem responde a processos na Justiça e foi para o Líbano nos últimos anos. O principal alvo da investigação, segundo apuração da Rede Globo, é um sírio naturalizado brasileiro, que se chama Mohamad Khir Abdulmajid.
Quem é o principal suspeito da Operação Trapiche
Michael Messias é músico e disse que Abdulmajid o contratou para fazer shows de pagode no Líbano duas vezes. Abdulmajid é procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e chegou em 2008 no Brasil. Abdulmajid tem duas lojas de produtos de tabacaria em Belo Horizonte, segundo o Fantástico.
Um dos investigados pela PF por ligação com o Hezbollah disse que Abdulmajid se parece com uma pessoa que ele encontrou no Líbano em sua ida ao país. Ele foi fichado pela primeira vez em 2014, preso em flagrante por vender bebida alcoólica a uma pessoa menor de idade.
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A PF começou a investigar Mohamad Khir Abdulmajid em 2021 por contrabando. Os delegados passaram a desconfiar que a venda ilegal seria usada para financiar atos terroristas.
Na Operação Trapiche, o delegado afirmou no pedido de prisão de Abdulmajid que ele é no mínimo simpatizante, senão apoiador e integrante do Hezbollah.
A investigação da Polícia Federal indica que o Hezbollah planejava atacar sinagogas e demais prédios ligados à comunidade judaica no Brasil.