A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta sexta-feira, 10, um homem apontado como mandante do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci. A vítima foi morta a tiros em maio do ano passado, durante uma viagem de lua de mel à Colômbia.
O suspeito foi detido no Recreio dos Bandeirantes, com apoio da Polícia Civil. De acordo com a PF, o preso era considerado foragido internacional e procurado pela Justiça paraguaia e pela Interpol. Contra o paraguaio pesam acusações por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes.
O paraguaio foi detido após a Polícia Civil tê-lo identificado, a PF confirmado sua identidade e a representação da Interpol no Brasil formulado pedido de prisão preventiva. Agora, o investigado aguarda extradição.
“Ele permanece preso na Superintendência da PF no RJ até ser trasladado para o Sistema Penitenciário, aguardando o julgamento do processo de extradição”, informa a PF.
O histórico do preso fazia dele “um alvo prioritário nos trabalhos de cooperação internacional realizados no Centro de Cooperação Policial Internacional no Rio de Janeiro (CCPI-RJ), com o auxílio direto de diferentes forças policiais brasileiras, sul-americanas e da Interpol”, informou a PF.
Outros seis suspeitos de participação no crime já foram presos. O último foi um cidadão venezuelano identificado como Gabriel Carlos Luis Salinas Mendoza. Ele foi detido em Caracas, acusado de dirigir o jet ski em que viajava o atirador que matou o promotor de 45 anos.
O crime
O promotor Marcelo Pecci, de 45 anos, foi morto a tiros na Península de Baru, um dos principais pontos turísticos de Cartagena, no litoral colombiano. Ele estava em lua de mel com a mulher.
De acordo com a polícia, dois homens chegaram em um jet ski e dispararam contra o promotor. Logo depois, os assassinos fugiram usando a embarcação. Ele havia se casado recentemente com a jornalista paraguaia Claudia Aguilera, em 30 de abril. Na manhã de terça-feira, o casal havia anunciado no Instagram que esperava um filho.
O promotor Marcelo Pecci, conhecido por investigar o crime organizado no Paraguai, liderou a chamada Operação “Zootopia”, responsável por desmontar o Primeiro Comando da Capital (PCC) no país vizinho.