A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira 2, que não vê necessidade de transferir para um hospital penitenciário o ex-ministro Anderson Torres, preso preventivamente há 109 dias.
O parecer enviado pelo comandante-geral da PM do DF, coronel Klepter Rosa, atende a questionamento do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relativos ao 8 de janeiro, depois de a defesa argumentar que o quadro psicológico do ex-secretário de Segurança Pública do DF inspirava cuidados.
O documento da PM-DF, baseado em relatórios da equipe que presta atendimento médico aos presos, afirma que as instalações “parecem adequadas para o estado atual de saúde mental” do ex-ministro. Anderson Torres está preso em uma Sala de Estado-Maior no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.
A Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional, órgão vinculado à Secretaria de Saúde do DF, concluiu que o quadro do ex-ministro “exige acompanhamento frequente”, mas descartou a transferência neste momento. Entretanto, fez uma ressalva relativa à possibilidade de suicídio.
“Entretanto, uma vez que se perceba alguma intenção para o autoextermínio, o local realmente não será adequado, pois há muita privacidade, principalmente durante a noite, e múltiplos objetos dos cômodos em que se encontra podem ser usados como esse objetivo”, diz o relatório.
Torres foi preso em 14 de janeiro, ao voltar dos Estados Unidos, e é investigado por omissão ou conivência com os atos de 8 de janeiro, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes. Nessa data, ele era secretário de Segurança do Distrito Federal.
No dia 25, a defesa impetrou habeas corpus no STF, argumentado que a prisão é ilegal, porque não atende aos requisitos previstos em lei e porque o prazo de 81 dias para a conclusão do inquérito já se esgotou, além de informar que o estado de saúde de Torres piora a cada dia.
Entretanto, três dias depois, o ministro Luís Roberto Barroso — que antes de ingressar no STF defendeu o terrorista Cesare Battisti — negou o pedido de liberdade de Torres. Nem sequer chegou a analisar o mérito, afirmando que a medida de habeas corpus não pode ser usada para questionar ato de ministro do STF.
Defesa recorre e pede novamente liberdade para Anderson Torres
Com a negativa, a defesa do ex-ministro protocolou, na terça-feira 2, um recurso contra a decisão de Barroso — um agravo regimental, no qual pede a reconsideração das decisões que negaram a liberdade e a análise do recurso pelo plenário do STF.
“Seu estado de saúde psíquica inspira cuidados, sua genitora enfrenta grave doença e suas filhas atualmente necessitam de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, mas não há pedido de clemência ou compaixão, ainda que o momento assim oportunize. Clama-se apenas por avaliação minuciosa e imparcial das circunstâncias que envolvem sua prisão”, argumentou a defesa de Torres.
Os advogados ressaltam que “não se pode admitir como natural o cumprimento antecipado de pena, tampouco a utilização de prisão cautelar como instrumento de tortura física ou psicológica” e dizem que Torres “irá cooperar com as investigações, pois é o maior interessado no esclarecimento célere do ocorrido”.
Moraes está assassinando Torres, com requintes de tortura.
Preso político! Uma vergonha!
Bem que podia ter alguém da direita pra levar as mulheres dos nossos presos politicos para o exterior e denunciar o que acontece no Brasil.
Cadê a @oab ?