A Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo realizou a sua maior apreensão de drogas do ano nesta quarta-feira, 12. Mais de 9 toneladas de maconha e skunk foram encontradas em meio a uma carga de milho na Rodovia Castello Branco, em Porangaba (SP). O prejuízo estimado ao crime organizado chega a quase R$ 13 milhões.
Equipes do 5° Batalhão de Polícia Rodoviária estavam em patrulhamento quando desconfiaram de um veículo que estava com a placa suja de barro, o que impedia a sua visualização. Desconfiados, os policiais deram ordem de parada.
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O motorista, de 32 anos, apresentou nervosismo durante a abordagem, o que aumentou as suspeitas. Durante a vistoria no caminhão, foram encontrados 9,3 mil quilos de maconha e outros 132 quilos de skunk, divididos em cerca de 650 fardos com as drogas.
Foi apurado que o caminhoneiro descarregaria os entorpecentes no Porto de Santos, no litoral paulista. As substâncias e o caminhão foram apreendidos para perícia. O suspeito foi encaminhado à Delegacia Seccional de Botucatu, onde permaneceu preso em flagrante por tráfico de drogas e está à disposição da Justiça.
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Porto de Santos é destino da maconha
Em entrevista ao Oeste Sem Filtro, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, explicou que a infraestrutura do Estado facilita o transporte de drogas para o Porto de Santos, o que tornou São Paulo um dos principais corredores logísticos do tráfico.
Ele detalhou a lógica financeira do tráfico de drogas e explicou como o lucro cresce na exportação para outros continentes. “Um quilo de pasta base de cocaína, quando é comprado na Bolívia, chega a custar, em média, US$ 1 mil”, afirmou. “No Brasil, o valor não passa de US$ 5 mil, mas na Europa e Ásia chega a US$ 80 mil.”
Segundo o secretário, a privatização do Porto de Santos é fundamental para combater o tráfico internacional de drogas. “Quando houver a privatização, existe uma empresa gerindo ali que tem, por razões óbvias, o objetivo de lucro e o afastamento do crime organizado.”
Ele também criticou a falta de uma organização nacional para impedir o fluxo de drogas no país. “Por que não estabelecer uma política de fronteiras para evitar que a droga chegue e saia de portos e aeroportos internacionais?”, argumentou o secretário. “Combater o crime organizado, ao que me parece, não é uma especialidade deste governo.”
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E a justiça ainda não mandou devolver?
A especialidade desse governo é Roubar todo erário