Polícia Civil pede quebra de sigilo bancário de estudante da USP

A Polícia Civil de São Paulo informou, nesta terça-feira, 17, que solicitou a quebra do sigilo bancário da estudante de medicina Alícia Muller, da Universidade de São Paulo (USP). Ela é suspeita de desviar quase R$ 1 milhão da formatura de sua turma.

Alícia, 25 anos, é alvo de um inquérito policial no Departamento de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo, que solicitou a quebra. “A equipe da unidade solicitou a quebra do sigilo bancário e trabalha para esclarecer o caso”, confirmou a Polícia Civil, em nota. A estudante também teria dado prejuízo de R$ 192 mil em uma lotérica, depois de não pagar pelas apostas feitas.

A investigação ocorre com o inquérito do 16º Distrito Policial, localizado na Vila Clementino, em São Paulo. Outras pessoas também devem ser ouvidas. “Os envolvidos foram intimados para prestarem esclarecimentos, e outras diligências são realizadas, para auxiliar na responsabilização da autoria”, informou a Polícia Civil. A estudante deve prestar depoimento nesta tarde.

Empresa também foi notificada

Ainda nesta terça-feira, o Procon-SP notificou a empresa ÁS Formaturas, contratada para organizar o evento da turma de medicina da USP, para pedir explicações sobre o caso de desvio de dinheiro do fundo da formatura.

Segundo o órgão, “a empresa deverá explicar quem autorizou a transferência dos valores e quais os critérios estabelecidos para a movimentação de dinheiro entre a ÁS Formaturas e qualquer membro da comissão de formandos ou terceiros”. Os esclarecimentos deverão ser encaminhados até 19 de janeiro.

Estudante investigada

Alicia é acusada de desviar R$ 920 mil do fundo de formatura dos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) que vão concluir o curso neste ano. Ela fazia parte da comissão de formatura e teria usado o montante para realizar aplicações financeiras.

Na terça-feira 10, um aluno do curso registrou um boletim de ocorrência contra a universitária. Segundo ele, os demais estudantes descobriram a farsa somente na sexta-feira 6. A própria suspeita teria contado para os colegas, em um grupo no WhatsApp, que o fundo para a formatura havia sido perdido.