A Polícia Federal (PF) informou, nesta segunda-feira, 11, que realizou a maior apreensão de ouro da história do Amazonas. Com o apoio da Polícia Militar (PM), a corporação confiscou 47 kg do metal nobre, avaliados em R$ 15 milhões.
Durante a operação, realizada no sábado 9, dois homens foram presos. Ambos os bandidos foram para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em Manaus. Os policiais ainda apreenderam uma aeronave.
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No momento da prisão, a dupla trafegava pela Avenida das Torres, num carro Gol. Os dois homens foram abordados por criminosos em outro veículo, um Doblò, que tentou assaltar aqueles que carregavam o ouro.
Policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) foram acionados, mas não conseguiram chegar ao local a tempo de deter os assaltantes. Os dois homens que roubaram os 42 kg de ouro tiveram atendimento médico, em virtude de uma troca de tiros.
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Os policiais encontraram outros objetos nos dois carros, como um carregador de Glock, munições, dispositivos para perfurar pneu, uma faca, dois celulares, um GPS e R$ 6 mil em espécie.
A quadrilha do ouro no Amazonas
Depois de identificar os homens presos, a PF afirmou que já monitorava os dois homens por envolvimento em uma quadrilha especializada na extração e na venda de ouro ilegal da Amazônia.
As investigações mostram que o ouro vem sendo extraído ilegalmente do leito do Rio Tapajós, no Pará.
“A cidade de Manaus funciona como entreposto para a distribuição no mercado nacional e internacional”, disse o superintendente da PF no Amazonas ao portal g1.
Havia ainda uma aeronave, usada no transporte das 42 barras de ouro, com destino a Manaus (AM). A PF conseguiu apreender o veículo no Aeroclube do Amazonas, na zona centro-sul da capital amazonense, no sábado.
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De acordo com a Polícia Federal, o avião de pequeno porte saiu de Itaituba, no Pará, e passou por Itacoatiara, no Amazonas. Esse confisco é um “recorde histórico de apreensão” no Estado do Amazonas. A estimativa é que a cifra seja de R$ 15 milhões.
O ouro apreendido tem pureza acima de 90%. Um produto de “boa qualidade” e vendido comercialmente, com ouro, costuma ter 75% de pureza.
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