A Polícia Federal (PF) prendeu o empresário Matheus Possebon, na segunda-feira 4. Ele administra a carreira de Alexandre Pires. A prisão foi feita em uma operação que investiga lavagem de dinheiro de garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomami, em Roraima.
O cantor também recebeu mandado de busca e apreensão em sua casa em Santos (SP).
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Defesa do empresário
Em nota divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, o advogado do empresário, Fábio Tofic Simantob, afirmou que “a prisão de Matheus Possebon é uma violência” e que a prisão foi decretada por causa de “uma única transação financeira com uma empresa” que ele não mantém relação comercial.
De acordo com o inquérito, Possebon seria um sócio oculto de uma mineradora, que teria transferido R$ 1 milhão a Alexandre Pires.
A defesa afirmou que o empresário não pode se defender e que o fará em liberdade.
“Esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá, em liberdade, comprovar que nada tem a ver com a investigação”, declarou.
Possebon é um dos executivos da Opus Entretenimento, que atende grandes nomes da música brasileira, como os cantores Ana Carolina, Seu Jorge, Daniel, Jota Quest, Raça Negra, Roupa Nova, entre outros.
Até o momento, nenhum dos artistas foi citado ou é investigado pela PF no caso do garimpo ilegal.
Operação que investiga Alexandre Pires
Segundo a PF, a operação Disco de Ouro investiga um esquema de “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da Terra Indígena Yanomami. O minério é declarado como originário de um garimpo regular no rio Tapajós, em Itaituba (PA) e transportado para tratamento em Roraima.
Os agentes cumpriram dois mandados de prisão, seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em quatro Estados.
Os agentes procuraram no imóvel de Alexandre Pires documentos que apontassem possíveis pagamentos da mineradora ao artista.
Antes das buscas no apartamento em Santa Catarina, de acordo com o jornal O Globo, também houve uma diligência em um cruzeiro onde o cantor se apresentava.
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