Uma operação da Polícia Federal (PF) de combate ao tráfico internacional de armas resultou na prisão de Arturo Javier Gonzales, ex-comandante da Força Aérea do Paraguai. A prisão ocorreu na manhã desta terça-feira, 5. Ele estava em sua casa, no país vizinho. Gonzales é suspeito de integrar grupo de comercio ilegal de armas para facções brasileiras.
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As investigações que resultaram na Operação Dakovo – uma força-tarefa entre Brasil e Paraguai – começaram em 2020. À época, a Delegacia da Polícia de Vitória da Conquista, na Bahia, prendeu em flagrante dois criminosos, que portavam 23 pistolas de origem croata e dois fuzis com adulteração, além de munições e carregadores.
A partir daquela prisão, a PF descobriu uma “complexa e multimilionária” rede de tráfico ilícito de armas de fogo da Europa para a América do Sul.
![PF prende ex-comandante Paraguai](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/12/pf3.jpg)
De acordo com a polícia, uma empresa sediada em Assunção, no Paraguai, foi responsável pela importação de milhares de pistolas, fuzis e munições de fabricantes da Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
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Todo o armamento era adulteração e repassado para traficantes que atuavam na fronteira do Brasil com o Paraguai. Posteriormente, o grupo revendia o material para as principais facções criminosas do Brasil.
Esquema bilionário
![PF prende ex-comandante Paraguai](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/12/PF5.jpg)
A PF estima que, desde o início das investigações, o bando importou cerca de 43 mil armas para o Paraguai. Somente nesses três anos, os criminosos movimentaram cerca de R$ 1,2 bilhão.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 66 milhões em bens, direitos e valores no Brasil.
Nesse período, a polícia realizou 67 apreensões, que resultaram no confisco de 659 armas em dez Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.
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Em curso na 2º Vara Federal de Salvador/BA, o processo expediu expediu 25 mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Paraguai e Estados Unidos.
A operação foi realizada pela Polícia Federal em parceria com Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e com o Ministério Público do Paraguai. A ação contou ainda com a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições.
Saldo da Operação Dakovo
54 Mandados de Busca e Apreensão (MBA) expedidos:
- 17 no Brasil;
- 21 no Paraguai; e 16 não cumpridos (por serem em locais conflagrados, com efeito colateral incontrolável).
25 Mandados de Prisão Preventiva (MPP) expedidos:
- 8 no Brasil – 5 cumpridos;
- 15 no Paraguai – 12 cumpridos; e 2 nos Estados Unidos – não cumpridos (não houve tempo hábil para expedição dos mandados de prisão, de acordo com a lei norte-americana).
6 Mandados de Prisão Temporária (MPT) expedidos:
- 1 MPT no Brasil – cumprido;
- 5 MPT no Paraguai – 1 cumprido; e 21 difusões vermelhas na Interpol;
Mas o sinistro da (in)justiça não vive dizendo que quem fornece arma para o crime organizado são os CAC’s? Como é que agora a PF descobre que existe contrabando de milhares de armas do Paraguai? 43 mil armas? É arma pra dedéu! Meu Deus! Contem logo pra ele. kkkk
Concordo com o comentário do Marco Antônio Cardoso Vilarinho.