A Polícia Civil pediu a prisão de seis novos suspeitos de participação no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca de uma amiga dele. O crime ocorreu em 17 de dezembro de 2023, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
A polícia já prendeu preventivamente outras quatro pessoas. O delegado Fabio Nelson, diretor da Delegacia Antissequestro e responsável pela investigação, disse que os suspeitos foram identificados depois do trabalho da perícia. A corporação localizou impressões digitais no carro do ex-jogador.
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“Temos mais seis investigados que foram indiciados”, comentou o delegado. “Já foram encaminhados os pedidos de prisão e estamos aguardando a decisão da Justiça.”
O delegado pediu a prisão dos suspeitos em 27 de dezembro. Os quatro suspeitos que estão presos já foram ouvidos pela polícia e confirmaram participação no sequestro.
De acordo com Nelson, os suspeitos participam de um grupo especializado em sequestro. Os criminosos obrigam as vítimas a fazerem transferências via Pix.
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Dos detidos, três confirmaram ceder suas contas bancárias para receber transferências das contas de Marcelinho. Eles vão responder por extorsão mediante sequestro, associação criminosa e receptação.
De acordo com a polícia, o grupo não sabia que era o ex-jogador que estava no veículo. Eles identificaram a vítima depois de iniciar o sequestro. Os criminosos teriam sequestrado Marcelinho por estar dirigindo uma Mercedes.
O sequestro de Marcelinho Carioca
Marcelinho e sua amiga Taís de Oliveira, de 36 anos, foram sequestrados na madrugada do domingo 17 de dezembro, em frente à casa de Taís, em Itaquaquecetuba.
O ex-jogador foi até o local para levar ingressos de um show do cantor Thiaguinho. A apresentação seria mais tarde, naquele mesmo dia. Ele havia acabado de sair de um outro show do artista, na noite de 16 de dezembro, na Neo Química Arena, em Itaquera, zona leste da capital paulista.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, Taís lamentou que algumas pessoas tenham espalhado que ela e Marcelinho teriam um caso amoroso. O ex-jogador chegou a gravar um vídeo no qual dizia ter sido sequestrado pelo marido de Taís, mas depois disse que foi obrigado pelos sequestradores a fazer isso.
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“Não sei o que passa na cabeça das pessoas”, disse Taís. “Elas ficam julgando, falando um monte de coisas que não sabem, que não conhecem. É muito difícil isso.” Taís teria terminado um relacionamento com o pai de seus filhos havia poucos meses.
Para a polícia, os criminosos obrigaram Marcelinho a gravar o vídeo para tentar desviar o foco das investigações. Os bandidos obrigaram a família de Marcelinho a fazer duas transferências via Pix, nos valores de R$ 30 mil e de R$ 12 mil. Eles teriam pedido uma terceira transferência, que não foi feita.
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Marcelinho foi libertado depois das transferências, horas depois do início do sequestro. Taís foi libertada sem que a família tivesse de pagar resgate, de acordo com a polícia.
Os investigadores localizaram primeiro o carro do ex-jogador, estacionado em uma rua de Itaquaquecetuba. Depois prenderam quatro suspeitos: dois homens e duas mulheres, estas no lugar que foi apontado como o cativeiro onde Marcelinho foi mantido refém.