A Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) abriu um processo contra o soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho por suspeita de peculato pela falta de uma orquídea no jardim do quartel em que trabalha, na zona norte da capital paulista.
A ação do conselho de disciplina instituído pelo Comando de Policiamento da Capital pode resultar na expulsão do policial, que está há 18 anos na corporação.
O advogado do soldado, Thiago de Oliveira Lacerda, afirmou que ele não realizou o furto. De acordo com ele, Coutinho “fazia a manutenção do quartel e apenas mudou a planta de local”.
Para a corporação, o sumiço momentâneo da flor pode ser considerado como uma transgressão disciplinar de natureza grave, caracterizada como desonrosa e ofensiva ao decoro profissional e atentatória ao Estado.
O crime de peculato corresponde a um ato de apropriação ou desvio por funcionário público de dinheiro ou bem público ou particular que tenha posse devido ao cargo.
Sumiço da orquídea e acusação ao policial
O suposto furto da flor teria ocorrido na tarde de 23 de fevereiro de 2022 durante o serviço de manutenção das instalações do 9º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na região do Carandiru.
De acordo com o Inquérito Policial Militar, Coutinho subtraiu uma orquídea do jardim do batalhão e a escondeu no alojamento de soldados e cabos para que não fosse localizada.
Em seguida, o policial teria retirado a flor do dormitório para o refeitório, onde a planta foi encontrada por um sargento atrás de um extintor de incêndio.
Segundo o inquérito, a ação foi flagrada por câmeras de monitoramento. A falta da orquídea no jardim foi notada pelo tenente-coronel Carlos Eduardo Banhos Ignácio, comandante do batalhão na época, e por uma capitã que o acompanhava na ocasião.
+ Leia as últimas notícias do Brasil no site da Revista Oeste
Tatuagem
Coutinho é conhecido nas redes sociais. Em sua página no Instagram, que conta com mais de 50 mil seguidores, ele apresenta sua rotina de trabalho.
Para Lacerda, o policial sofre perseguição e preconceito por ter tatuagens no rosto.
Ele afirmou que ele desempenha normalmente o serviço policial, “mas fala-se nos corredores da Polícia Militar do Estado de São Paulo que é questão de honra o expulsarem da corporação”.
“O estado gastará mais de R$ 50 mil em um processo administrativo, em que a Justiça Militar já declarou não existir nada”, disse o advogado.
Em nota, o tenente-coronel Marcelo de Souza Gonçalves, chefe do Estado-Maior do Comando de Policiamento da Capital, ressaltou que o soldado responde a dois processos disciplinares – por peculato e abandono de posto.
Se o cidadão quer ser influencer e se tatuar para shows, deveria deixar a corporação e não se vitimizar.
Não sou a favor de tatuagens, mas no rosto é um absurdo. Mas, as tatuagens são excelentes para a polícia identificar criminosos.
Patético.
Olha a feição do cidadão…
Realmente parece que a PM não tem coisa melhor para fazer
Pois é, será que não seria melhor despender essa energia toda, correndo atrás dos assaltantes qu infernizam a vida da população?