O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, comentou a queda do presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, nesta quinta-feira, 23. Para o chefe do Executivo municipal, a empresa precisa encontrar meios de melhorar sua prestação de serviços.
“Não adianta trocar o presidente e continuar prestando um serviço ruim”, disse Nunes, em comunicado à imprensa. “Só quero que o povo de São Paulo não pague pela inoperância da empresa. Ela vai ter qde fazer o que cobra para fazer, conforme decisão judicial que obtivemos.”
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A empresa é responsável pela distribuição de energia na cidade e tem se envolvido em polêmicas desde 3 de novembro, quando um apagão deixou milhões de moradores sem energia por cinco dias. O incidente aconteceu por causa de um temporal que derrubou diversas árvores na rede elétrica.
Nunes disse que a Enel é incompetente no restabelecimento de energia. Para o prefeito, a empresa não pode culpar as quedas de árvores como motivo para a demora na solução do problema.
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“É uma decisão da cidade de São Paulo ter árvore”, disse Ricardo Nunes. “A empresa que quiser vir trabalhar na cidade tem de se adaptar ao que a cidade quer. A incompetência da Enel para restabelecer a fiação não tem nada a ver com as árvores.”
Ele chegou a pedir para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de concessão da empresa.
Em 3 de novembro, mais de 2 mil árvores caíram em São Paulo e derrubaram fiações da empresa. O problema foi apontado pela Enel como o principal obstáculo para religar a energia nas residências afetadas.
Presidente da Enel deixa o cargo 20 dias depois do apagão
![Nicola Cotugno - Enel](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2023/11/Captura-de-tela-2023-11-23-170303.jpg)
O presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, deixou o cargo nesta quinta-feira. O substituto dele será Antonio Scala, executivo que atua há 18 anos na empresa.
De acordo com a concessionária, Cotugno se aposentará depois de cinco anos como presidente da Enel. “A saída de Cotugno foi definida em reuniões do Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil, em outubro”, informou.
A definição da saída, segundo a empresa deu a entender, ocorreu em uma data anterior às chuvas do dia 3 de novembro, que castigaram a capital paulista.