Antes de ser afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por decisão judicial, Ednaldo Rodrigues fez um pagamento de despesas milionárias que passaram a ser investigadas pela entidade.
Uma delas é um acordo feito com dois pilotos do jato da instituição, que transportavam o dirigente em suas viagens.
Eles tinham contrato formal com a CBF e moveram uma ação de R$ 1,4 milhão depois de terem sido demitidos sem justa causa.
A entidade se nega a fazer o acerto conforme as regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Os pilotos foram orientados a fechar um acordo extrajudicial abaixo do valor devido, algo que os funcionários consideraram ser uma coação da CBF.
+ Leia as últimas notícias do Brasil no site da Revista Oeste
Gravação e ação contra a CBF
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, no processo foi anexada uma gravação de uma ligação telefônica em que um dos pilotos, Tiago Aguiar de Lemos, conversa com a então coordenadora de recursos humanos (RH) da CBF, Denise Monteiro.
No áudio, ela o orienta a procurar os advogados da entidade para realizar um acordo, porque a instituição não faria o acerto pelas vias tradicionais.
Lemos diz que não entendia por que a CBF estava tomando essa medida e pergunta para a então chefe do RH de quem tinha partido essa ordem.
“A gente está seguindo o que a gente tem aqui de direcionamento. É um direcionamento que vem de cima, entendeu?”, diz Denise.
Sergio Ferreira de Siqueira e Tiago Aguiar de Lemos ingressaram, juntos, com uma ação junto à 73ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
Siqueira era funcionário desde 2010, com salário bruto mensal de R$ 88 mil. Lemos estava na entidade desde 2018, com remuneração de R$ 61 mil.
Antes de ingressarem com a ação na Justiça, Siqueira procurou os advogados da CBF para conhecer a proposta. No seu caso, o valor a ser pago seria de R$ 642 mil —pouco mais da metade a qual ele teria direito.
Diante do impasse envolvendo o comando da CBF, os pilotos desistiram da ação e resolveram fechar o acordo extrajudicial. Os valores não foram revelados.
Destituído da presidência
Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF na quinta-feira 7. Ele tinha chegado ao comando da confederação depois do afastamento de seu antecessor, Rogério Caboclo, alvo de denúncias de assédio contra funcionárias.
Rodrigues presidia a CBF interinamente e firmou um Termo de ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF), o que abriu caminho para fosse eleito mais tarde e efetivado no cargo.
Porém, recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou o TAC porque considerou que o MPF não tinha legitimidade para ajuizar o acordo. Ednaldo recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o pedido foi negado.
Quanta sujeira de longa data é essa entidade que só malandros a comandam..aí está um exemplo de como ladrões estão infiltrados nos vários cargos políticos, empresáriais e entidades do esporte.. Quanta vergonha junta..
Depois o pessoal não sabe porque o nosso futebol tá de mal a pior… Só ladrão na CBF… vai esperar o que ?
Tem que Acabar com Entidade Chamada CBF nunca se viu tanto Corrupto e Ladrão num lugar Só , não escapa um