Procuradora é agredida dentro da prefeitura de Registro (SP)

A violência teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra colega

A Oeste depende dos assinantes. Assine!

-Publicidade-
Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, estava trabalhando quando foi surpreendida pelo ataque
Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, estava trabalhando quando foi surpreendida pelo ataque | Foto: Reprodução

A procuradora-geral do município de Registro, no interior de São Paulo, foi agredida por um colega dentro da própria prefeitura, onde trabalham, e ficou com o rosto ensanguentado. A ação foi filmada por outra funcionária e mostra que o também procurador Demétrius Oliveira Macedo, 34 anos, desferiu socos e chutou a colega.

O caso aconteceu na tarde de segunda-feira 20. A agressão teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o procurador, por conta de sua postura no ambiente de trabalho, informou o portal de notícias g1. Um boletim de ocorrência (BO) sobre o caso foi registrado no 1º Distrito Policial do município.

Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, ficou com o rosto ensanguentado | Reprodução: Redes sociais
-Publicidade-

Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, estava trabalhando quando foi surpreendida pelo ataque de Macedo. Segundo consta no BO, ele a agrediu primeiro com uma cotovelada na cabeça e continuou com socos no rosto.

Em determinado momento, Gabriela conseguiu ser retirada da frente do agressor. Assim que ouviram os gritos, dois funcionários do setor jurídico foram até o local e conseguiram controlar o procurador.

A procuradora relatou à polícia que o colega apresentava comportamento suspeito e que já havia sido grosseiro com outra funcionária do setor. Ela disse que cobrou providências, pois estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente com ele. A procuradora informou ter enviado um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo.

Na segunda-feira, foi publicado em Diário Oficial a criação de uma comissão para apurar os fatos. Provavelmente, segundo ela, foi isso que desencadeou as agressões.

Em nota, a Prefeitura de Registro manifestou “o mais absoluto e profundo repudio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora municipal mulher, que exerce a função de procuradora-geral do município”.

“A administração municipal está tomando as providências necessárias e já determinou, de imediato, que o agressor seja suspenso, com prejuízo de seus vencimentos, a partir de 21 de junho”, informou.

Procurador foi liberado na delegacia

Macedo foi ouvido pela Policia Civil e foi liberado na sequência, uma vez que o delegado responsável pelo caso considerou que “não havia uma situação de flagrante”. Ele disse na delegacia que sofria assédio moral no local de trabalho.

-Publicidade-
* O espaço para comentários é destinado ao debate saudável de ideias. Não serão aceitas postagens com expressões inapropriadas ou agressões pessoais.

6 comentários Ver comentários

  1. Eu não entendo a justiça brasileira. O cara não foi preso “porque não houve flagrante”, apesar das fotos, filmes e testemunhas. No entanto, se uma mulher acusar um homem de estupro ocorrido há meses atrás, ele é levado preso. Também nesse caso não houve flagrante.
    Alguém me explique, por favor!

  2. O delegado arregou! Se fosse um pobre qualquer o delegado teria mandado prender só com as palavras da mulher, mas mesmo tendo as imagens o agressor foi liberado!

Envie um comentário

Conteúdo exclusivo para assinantes.

Seja nosso assinante!
Tenha acesso ilimitado a todo conteúdo por apenas R$ 23,90 mensais.

Revista OESTE, a primeira plataforma de conteúdo cem por cento
comprometida com a defesa do capitalismo e do livre mercado.

Meios de pagamento
Site seguro
Seja nosso assinante!

Reportagens e artigos exclusivos produzidos pela melhor equipe de jornalistas do Brasil.