O Brasil possui 9,6 milhões de jovens que não trabalham e também não estudam. Conhecido como grupo “nem-nem”, esse número representa 19,8% das pessoas de 15 a 29 anos.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2023. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números mostram uma redução no grupo de jovens que estão sem estudar e trabalhar. A diminuição, no entanto, está longe de ser algo positivo. Em 2019, 22,4% da população na faixa etária de 15 a 29 anos fazia parte do grupo “nem-nem”. Em 2022, caiu para 20%. Em 2023, teve uma leve queda, de 0,2%.
Divulgado pelo IBGE, o relatório do Pnad também mostra que nem todos os jovens conseguem se dedicar exclusivamente aos estudos e ter acesso a um ensino de qualidade — causando, na maioria das vezes, a evasão escolar do indivíduo.
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Os homens entrevistados relataram que o principal motivo para não estudarem é a necessidade de trabalhar — embora nem sempre consigam encontrar uma fonte de renda.
As mulheres disseram que a necessidade de realizar tarefas domésticas também é um impeditivo na hora de estudar. Cuidar de alguém e gravidez entram na lista de fatores que afastam o público feminino das instituições de ensino.
As mulheres, inclusive, são maioria no grupo de pessoas que nem trabalham e nem estudam. A pesquisa mostra que 25,6% das mulheres nessa faixa etária estão nessa situação — 11,4% a mais quando comparado ao público masculino.
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De acordo com o relatório, 24% das pessoas com idade de 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. “Percentual alto para a juventude de uma geração mais escolarizada”, diz o documento.
Pesquisador do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Michael França demonstrou preocupação quanto ao alto índice de jovens que não trabalham e nem estudam. “É muito preocupante ter 20% da população jovem, no auge da produtividade, sem uma perspectiva de futuro”, afirmou. “Ainda mais considerando que a população do país está envelhecendo. O Brasil não está se atentando para um grave problema social que está acontecendo agora e que vai levar a consequências drásticas a médio e longo prazo.”
É possível melhorar a situação dos jovens no ensino e no âmbito profissional?
Para muitos especialistas, a situação dos jovens pode ser resolvida. Entretanto, não são implementadas ações efetivas que acabem com o problema.
Segundo Jhonatan Almada, membro da Rede de Especialistas em Política Educativa da Unesco, a situação dos jovens sem trabalho e estudo é reflexo do descumprimento de pelo menos três metas do Plano Educacional de Educação (PNE).
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“O país traçou uma série de metas educacionais que poderiam evitar a exclusão desses jovens”, afirmou Almada, sobre o PNE. “Mas na última década pouco foi feito para que esses objetivos fossem de fato alcançados.”
Segundo o especialista, as metas que não foram cumpridas são:
- Triplicar o número de matrículas da educação profissional técnica de nível médio — o objetivo era chegar em 2024 com 4,8 milhões de matrículas. No entanto, apenas 2,4 milhões foram realizadas;
- Assegurar que 25% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) fosse integrada à educação profissional — atualmente, apenas 3,7% foram asseguradas; e
- Ter 50% da população entre 18 e 24 anos matriculada no ensino superior — atualmente, apenas 38,5% desse público está se graduando.
“O descumprimento dessas três metas nos ajudam a entender esse número chocante de jovens esquecidos, abandonados a um futuro sem perspectiva”, afirma Almada. “Mais grave ainda é o fato de não termos no país nenhuma política pública para enfrentar esse problema social.”
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Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli
E a maioria dos professores defendem o método Paulo Freire, décadas criando inuteis! Ou melhor idiotas úteis!!
Espero que o Brasil começe a importar milhoes de enxadas, porque lotes para limpar nao faltam. Uma manada de homens femeninos e mulheres machos, drogados, parasitas da familia e totalmente idiotas. A geraçao perdida para as drogas, o homosexualismo e a ignorancia cronica. Esses sao as vitimas da sociedade opressora que passa de sol a sol trabalhando e lutando pela vida.
A gurizada idiotizada só sabe fumar maconha e queimar a rosca!