Com vistas a uma reparação histórica, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar a conduta do Banco do Brasil durante o período de escravidão no país. A notificação foi enviada na quarta-feira 27 à instituição, segundo reportagem da BBC News Brasil.
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A intenção dos três procuradores do Rio de Janeiro responsáveis pelo inquérito — Julio Araujo, Jaime Mitropoulos e Aline Caixeta — é reparação histórica, com o objetivo de responsabilizar o Banco do Brasil pelos danos causados com sua conduta pretérita, a exemplo do que algumas instituições têm feito na Europa e nos Estados Unidos.
“O debate sobre reparação está acontecendo no mundo inteiro. Da nossa parte, queremos aprofundar a discussão com o Banco do Brasil e com a sociedade para que essa história não seja mais silenciada”, disse Araujo.
A BBC informa que a investigação do MPF começou a pedido de um grupo de 14 historiadores de 11 universidades, que, durante a pesquisa, encontraram relação do Banco do Brasil — fundado, liquidado e refundado várias vezes ao longo dos últimos 200 anos — com a escravidão.
Segundo a emissora, os pesquisadores mostraram que entre os fundadores e acionistas do BB estavam alguns dos mais notórios traficantes de escravos da época, como José Bernardino de Sá. Além disso, o banco teria lucrado a cobrar taxas para o transporte de escravos.
No futuro, outras instituições — públicas ou privadas — podem ser alvo de inquéritos semelhantes. “É preciso encarar essa discussão, porque esse passado e essa memória fazem parte e ainda afetam nosso presente, por meio das desigualdades sociais e do racismo estrutural. A sociedade e as grandes instituições brasileiras precisam se olhar no espelho e enfrentar esse assunto”, disse Araújo à BBC.
Um dos pesquisadores sobre o Banco do Brasil afirmou que “todas as instituições brasileiras com mais de 150 anos, sejam elas bancos, universidades e até tribunais de Justiça, têm em suas mãos o sangue e as digitais da escravidão.”
Os pedidos do MPF no inquérito civil contra o Banco do Brasil
Segundo a BBC, no documento enviado ao Banco do Brasil, o MPF estipulou um prazo de 20 dias para a presidência da instituição responder a uma série de questões:
- a posição do banco sobre sua relação com o tráfico de pessoas negras escravizadas;
- informações sobre financiamentos realizados pelo banco e relação com a escravidão;
- informações sobre traficantes de pessoas escravizadas e sua relação com o banco; e
- iniciativas do banco com finalidades específicas de reparação em relação a esse período.
Além disso, os três procuradores solicitaram uma reunião em 27 de outubro, no Rio de Janeiro, com a direção do banco para discutir medidas de reparação histórica. Também convidaram para o encontro o grupo de historiadores que propôs a ação e membros dos ministérios de Direitos Humanos e Igualdade Racial.
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Com o inquérito civil, o MPF poderá chegar a um termo de ajuste de conduta (TAC) com o banco ou mesmo uma ação judicial contra o banco caso a instituição se recuse a discutir o tema.
Em um TAC, por exemplo, o banco poderia reconhecer um eventual envolvimento com a escravidão e adotar medidas para investigar as ações do passado. Também poderia se comprometer a financiar pesquisas acadêmicas sobre o assunto e bancar projetos de reparação e políticas públicas voltadas à comunidade negra, informa a BBC. “É imprevisível, não sabemos qual rumo ele pode tomar, mas queremos uma resposta do banco”, disse Araujo.
O Banco do Brasil ainda não se pronunciou sobre o inquérito civil.
Qual dos Banco do Brasil querem investigar?
É muita criatividade para surrupiar o dinheiro do povo.
Uma coisa podemos dizer, esse governo é excelente quando se trata em angariar fundos. Possui uma criatividade muito acima da média.
Para ficar só na lacração creio que o MPF esteja sem serviço….
Nada mais me surpreende na area jurídica brasileira. Mas vou gostar de ver qdo investigarem a igreja católica por cooperação com a escravidão , a propria justiça, zumbi dos pslmares, etc. E quem sabe os índios pelo infanticídio
É inacreditável o que esses procuradores criam para chamar a atenção. Tantos problemas serios a ser resolvidos e eles gastam o dinheiro do pagador de impostos em absurdos. Que tal investigarem um pouco mais sobre os desvios de dinheiro que já estão acontecendo nesse governo, com compras que foram feitas sem licitação e até agora ninguém viu o produto comprado, os respiradores comprados pelo consórcio nordeste que ainda não foram entregues, compra milionária de empresa com 1 funcionário, isso sim, exige atenção do MPF e não se vê nada sendo feito. São um bando de inúteis.
Alguém já disse acertadamente, que no Brasil, até o
passado é incerto!!!
Esse é o crime organizado em ação, melhor do que essa trapaça é ter a chave do cofre.
A maioria das falácias económicas perpetradas pelo regime petralha deriva da tendência de assumir que existe um bolo fixo, que uma parte só pode ganhar à custa da outra. Sempre a procura de um almoço grátis.
Os sanguessugas estão chegando…
Pedro Alvares Cabral que se cuide, quem esct4ve a história invariavelmente e a esquerda, então não tem credibilidade, pois são desonestos e mentirosos.
Por mais horrível que tenha sido ,a escravidão era legal,essa galera só quer arrancar mais dinheiro público e aparecer.
O amor venceu.
Inacreditável. É tudo por dinheiro, sugadores do dinheiro público. São épocas e valores diferentes. Estão é se igualando a quem fazia maldades no passado. São só espertalhões, amorais.
Que tal então reparar os imigrantes do final do século XIX, enganados pelo governo e empregadores daquela ocasião? Essa revisão histórica é uma farsa!
É o fim do mundo mesmo! Tanta coisa séria para se preocupar e olha o que a esquerdalha maldita está preocupada.
Em se tratando do Absurdistão, nenhuma surpresa
Meu Deus, não tem o que fazer e ficam procurando absurdos para tirar dinheiro do estado de todas as formas. O grande ídolo deles roubou bilhões do país e ficou por isso mesmo. São meros militantes, piratas do sistema, parasitas de recursos públicos. Na Europa também não se pode roubar um país e ficar solto e voltar a ser presidente,então, querer copiar o outro continente, tem que copiar tudo, se não e é malandragem. MPF !