Ritual de ‘batismo’ do PCC matou sobrinho de PM no DF

Dois membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) envolvidos no recrutamento e assassinatos no Distrito Federal foram presos nesta segunda-feira, 29. A 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia foi a responsável pelas detenções.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que a facção criminosa exigia como prova de fidelidade dos novos “soldados” a execução de parentes de policiais militares do DF.

Os novos integrantes do PCC cumpriram o “batismo de sangue” e executaram um homem de 37 anos, sobrinho de um policial militar. O crime ocorreu na Vila São José, na região de Brazlândia, em setembro de 2022. Os dois criminosos foram presos durante a ação deflagrada hoje.

Ao total, a polícia prendeu 11 integrantes do PCC e um do Comando Vermelho (CV). Também foram cumpridos oito mandados de busca nas cidades de Brazlândia, Samambaia, Riacho Fundo 1 e Monte Alto (GO). Outros sete mandados foram cumpridos com o apoio da Polícia Penal do DF, em celas do Complexo da Papuda e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

Os integrantes do PCC

Entre os alvos dos mandados está Walter Pereira de Lima Júnior, conhecido como “Waltinho”, integrante do PCC preso no Complexo da Papuda. Da cadeia, o criminoso pediu ao filho, Gabriel dos Santos Lima (preso na primeira fase da Operação Sicário), que recutasse novos integrantes para o PCC em Brazlândia. Também pediu que atacasse policiais e ateasse fogo em ônibus da cidade, com o objetivo de “gerar pânico”.

De acordo com as investigações, foi observada a presença de disputa entre as organizações criminosas Comboio do Cão e PCC. Os integrantes locais do PCC pediram apoio à cúpula da facção, em São Paulo, para manter o poder no Complexo da Papuda, já que estavam com medo de perder força “no coração do Brasil”.