A influenciadora digital Vitória Guarizo Demito, de 25 anos, presa com o namorado por suspeita de roubo e tortura, ganhou fama aos 17 anos. Na época, ela deu início ao processo para mudança de sexo.
Vitória é uma figura pública desde então e soma mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais. Atualmente, a influenciadora diz no Instagram que aborda temas sobre saúde, viagens e estilo de vida.
Em pouco tempo, a história de Vitória — que se vendia como um caso de sucesso para a comunidade LGBT+ — passou a ser contada em reportagens e contava com grande audiência.
A fama proporcionou a ela muitos convites. Estrelou campanhas publicitárias e integrou quadro no programa Criança Esperança, da TV Globo.
Em 2019, a história de Vitória rodou o mundo. O livro americano Proud Women: A Collection of Woman Who are Proud to Represent the LGBT+ Community” (Mulheres Orgulhosas, em português) de Brittany e Melissa Jeltema, inseriu a brasileira trans entre dezenas de personagens.
Transição de gênero
Em 2016, em reportagem publicada pelo site Ego, a influenciadora afirmou não se identificar com o sexo masculino.
Em uma série de vídeos publicados no YouTube, ela chamou a atenção ao documentar o início da mudança de sexo.
Vida de luxo
Vitória é filha adotiva de um casal de São Paulo, cujo pai é um empresário conhecido do ramo da mineração.
Ainda segundo a reportagem do site Ego, de 2016, ela já tinha uma coleção de 15 perucas e 11 bolsas de grife como Chanel, Celine, Prada, Yves Saint Laurent.
“Foi meu pai quem me levou a uma loja da Louis Vuitton, onde comprei minha primeira bolsa feminina. Paguei por ela R$ 7,5 mil”, disse ao site, na época.
A mulher trans chegou a morar em Madri, na Espanha. Ao retornar, conversou com os pais e, aos 18 anos, fez as primeiras cirurgias para a transição de gênero.
De acordo com apuração do site g1, ela recebe da família uma mesada de R$ 40 mil.
Mais recentemente, a influenciadora utilizou as redes sociais para compartilhar uma vida de ostentação, com festas e viagens.
Prisão
Vitória e o modelo Gabriel Menezes, de 28 anos, foram presos na terça-feira 25, acusados de torturar e roubar R$ 40 mil de um homem depois de um encontro marcado no apartamento dela em Moema, zona sul de São Paulo. O crime aconteceu em 18 de maio.
Forçado a liberar as senhas das contas bancárias, a vítima afirma ter sido torturada com facas quentes e maçarico, além de sofrer golpes na cabeça e no corpo por dois homens — Gabriel estava entre os agressores.
Durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou no imóvel dezenas de psicotrópicos, drogas que, segundo as investigações, podem ter sido usadas para dopar a vítima.
Haja saúde para aguentar tanta agressão ao corpo e à alma. Eu, hein? Tô fora.