A cidade de São José do Rio Preto, localizada no interior de São Paulo, está em situação de emergência por causa da estiagem e da falta de água. A prefeitura do município divulgou a informação nesta quinta-feira, 26, no Diário Oficial. Esse anúncio está em linha com que o prefeito, Edinho Araújo, anunciara anteriormente.
O documento justificou a medida ao citar a “intensa estiagem” que afeta a cidade e a escassez hídrica, que “tem causado dificuldades no serviço de abastecimento de água e prejuízos econômicos privados expressivos, especialmente aos setores da agricultura e pecuária”.
A Represa Municipal, que abastece 30% da cidade, está em nível crítico. Por isso, na terça-feira 24, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (SeMAE) implantou um plano emergencial para monitorar o sistema de captação de água diariamente, que opera no limite da capacidade. Não chove de forma significativa na cidade há cinco meses.
Outros motivos para Rio Preto declarar estado de emergência
A decisão de declarar estado de emergência também considera os elevados índices de incêndios em vegetação e o parecer favorável da Defesa Civil municipal para a medida. De acordo com a Defesa Civil estadual, um dos 13 focos de incêndio ativos no Estado, nesta sexta-feira, 27, está na região de São José do Rio Preto, em Neves Paulista.
O SeMAE pediu à população que use água de forma consciente. O racionamento não está descartado e o decreto visa justamente a evitar essa medida.
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A cidade de Barretos, a 96 km de Rio Preto, está sem chuva há quase quatro meses e teve a situação de emergência e estado de calamidade pública confirmados pelo governo estadual na quinta-feira.
Os mais de 122 mil habitantes de Barretos enfrentam uma grave crise hídrica desde maio. Alguns bairros ficaram sem água por mais de cinco dias, e o abastecimento está próximo de entrar em colapso, conforme a Prefeitura de Barretos.
Desde julho, Barretos está sob racionamento parcial de água. A Defesa Civil de São Paulo já enviou mais de 15 mil litros de água potável para serem distribuídos a escolas e hospitais.
A cidade de São José do Rio Preto está localizada em cima de um “oceano de água potável”, o Aquífero Guarani. Por que não exploram essa água? Tem o suficiente para o uso por mais de 500 anos.